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O efeito do amor

O que é o amor para você? Para Liana Ferraz, o amor vai muito além do óbvio: é o desejo profundo pela vida, cultivado na amizade e nos momentos partilhados

Por Liana Ferraz
17 nov 2024, 08h00
O efeito do amor - Liana Ferraz, coluna novembro 2024
Para falar de amor, é preciso estar aberto a sentir não apenas o óbvio, mas também a vivê-lo como um sentimento que, além de afeto, proporciona companheirismo (Getty Images/Reprodução)
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Minha amiga Carol Tilkian, psicanalista e pesquisadora do amor, costuma terminar as conversas com o público ou até mesmo o jantar com as amigas com a seguinte frase: adorei fazer amor com vocês. Risos na plateia, certo rubor. Eu não só já me acostumei, como passei a usar também: quero fazer amor com você, vamos?

Algumas pessoas aceitaram o convite e fiz amor com dezenas delas nos últimos dias. Foi ótimo. Saí renovada, a pele boa, ânimo e tesão. Essas pessoas são minhas amigas. E, só pra não ter erro, não estou falando de sexo. 

Estou falando de amor. Estou falando de mulheres que cultivam um desejo imparável pela vida, com todas as suas contradições e oscilações. Vontade de viver. Apetite. Preliminares.

Depois de dormir e acordar com elas, carrego a lista de leituras imperdíveis, recomendações de séries maravilhosas, concertos e palavras ressoando. Estamos na mesa, no sofá e até na cama. Espalhadas e dispostas ao gozo.

Fizemos amor em todos os cômodos e, na ponta da língua, o gosto de ser sujeito, de ser dona do próprio corpo e desejo. Estamos no centro das coisas e, pra variar um pouco, somos protagonistas sem titubeios.

Muitas de nós somos mães e, sim, nossos filhos estavam nas conversas, mas sei menos deles do que dos projetos desafiadores que cada uma de nós está construindo.

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Adoro ser mãe, falo disso em megafones por aí, minha filha é maravilhosa, mas espero que, para o bem dela, inclusive, eu tenha muitos outros assuntos para falar e ache companhia para os temas que também nutrem minha vontade de estar viva.

Enquanto fazíamos amor, também falamos dos tais pares românticos. Obviamente que maridos, ficantes, conversantes etc também apareceram em um momento ou outro, mas como sobremesa, cafezinho, cigarrinho pós-coito, um assunto rapidamente substituído pelo prêmio que espero ganhar e que, num ato falho bonito, disse: “se a gente ganhar o prêmio”. Sim, a gente.

Casadas em separação total de bens, sabemos o que pertence a cada uma, mas é nossa conquista porque foi pra elas que primeiro escrevi contando. Elas, as amigas, a instituição mais robusta e preciosa da vida. Elas foram as que passaram o dia comigo, detalhando a imaginação, ajudando a erguer as paredes do sonho.

No dia seguinte do amor, sem joguinhos, trocamos mensagens dizendo eu te amo e jurando eternidade. No dia seguinte do amor, queremos mais e dizemos umas para as outras que queremos.

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E agora estamos assim: escancaradas, meio nuas, com olheiras, batom vermelho, meio trôpegas, talvez embriagadas, lúcidas em sopas e viroses, insistindo nessa coisa de ser gente.

Carol tem razão. Só pode ser amor isso que está sendo feito. Só pode.

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