Preguiça de transar? Veja 4 dicas para entrar no clima do sexo
Dupla jornada de trabalho, cansaço da rotina e sobrecarga mental são alguns dos fatores que esfriam a libido
Não é sempre que estamos morrendo de tesão, certo? Porém, isso não significa que não queiramos transar. Convenhamos: existem aqueles dias em que bate uma leve preguiça de transar. Sabe aquela coisa de desejar, mas não estar com a energia lá em cima? Para a sexóloga Luana Lumertz, isso é completamente normal.
O que nos faz ter “preguiça” de transar
Inúmeros fatores podem contribuir para que a nossa libido não esteja nas alturas: cansaço da rotina, estresse, sobrecarga mental ou dupla jornada de trabalho são apenas alguns deles. “Muitas de nós precisam cuidar do lar, da relação e ainda do trabalho”, aponta.
Além disso, há os fatores hormonais, como a menopausa e a endometriose, para citar alguns. “Questões de saúde mental como a ansiedade e a depressão também afetam a nossa libido.”
Não pensar em sexo ao longo da semana, segundo a sexóloga, também vai nos deixando com menos vontade de transar — falaremos mais sobre como exercitar a mente erótica em breve.
Quando a preguiça de sexo se torna um problema
Para a especialista, ter preguiça de transar se torna um problema quando não gostaríamos que isso estivesse acontecendo. Ela exemplifica: “Há pessoas que não transam há dois anos, mas não sofrem por isso. De repente, aquilo pode deixar de ser uma demanda, e está tudo bem.”
Porém, também existem aqueles que, ao ficar sem transar por um mês, já experimentam alguns sentimentos de angústia. “Às vezes o ato de não transar pode atrapalhar a relação. ‘Ah, meu marido não está feliz com a situação’ e ‘Eu não estou feliz, pois ele não está transando comigo’ são algumas das situações mais comuns”, diz.
Luana afirma que, sempre que houver uma queixa ou vontade de que as coisas sejam diferentes, estamos falando de um problema. Caso contrário, podemos ficar tranquilas.
Dicas para entrar no clima do sexo
1. Escape da monotonia
Escapar da monotonia não significa que precisamos sempre inovar no sexo, realizando inúmeras acrobacias e fetiches fora da caixinha. O sexo baunilha pode sim ser muito prazeroso.
Porém, Luana traz uma ressalva: o cérebro depende de novos estímulos para sentir prazer e tesão. “Se eu já sei como o sexo vai começar e terminar, a experiência deixa de ser empolgante”, pontua.
Sendo assim, ela recomenda sair um pouco do roteiro da transa. Para isso, é necessário investir tempo em descobrir novas sensações, como toques em áreas diferentes, géis e lubrificante sensoriais, adição de brinquedinhos eróticos) e outras formas de ter prazer (que tal se aventurar naquele fetiche que você morre de curiosidade e até hoje não testou?).
2. Comece devagar
Luana reforça: os dias em que não estamos morrendo de tesão (mas sentimos que, se nos entregarmos, o sexo vai funcionar) são extremamente comuns.
Portanto, uma boa dica é colocar uma música ambiente, apostar em uma massagem e aderir ao carinho de maneira leve.
“Muitas vezes, passar e sentir o corpo do outro de um jeito despretensioso acaba se tornando um momento de intimidade delicioso. Comece aos poucos, largue aquela ideia de que já precisamos iniciar a transa com tesão e sentando”, brinca.
3. Reserve um tempo na agenda para o sexo
Aqui, não é necessário definir que, às 18h27 de quarta-feira, vocês irão transar. Porém, é imprescindível reservar um tempo na semana para que o casal possa cultivar momentos de conexão.
“Saia para jantar, tenha um date, faça um carinho. É importante que as pessoas encarem essas trocas de afeto como um compromisso, pois fazem parte da manutenção da vida afetiva e sexual”, aconselha.
4. Nutra a mente erótica
Por fim, não há melhor remédio para a preguiça de transar do que alimentar a mente erótica. Segundo Luana, podemos fazer isso consumindo conteúdos relacionados ao tema, assistindo filmes adultos, lendo contos eróticos e escutando áudios e podcasts sexuais, por exemplo.
“Busque pensar sobre o assunto. Lembre daqueles momentos que te deixaram com tesão. Tudo isso vai potencializar o seu repertório sexual”, indica. Dessa forma, potencializamos a nossa libido e continuamos a alimentar o ciclo do desejo erótico.