5 sinais de que o skincare está prejudicando sua pele
Dermatologista revela sintomas e tratamentos para uma pele irritada após o uso de dermocosméticos
É durante o ritual sagrado de skincare que conseguimos compreender e analisar todos os detalhes mais importantes sobre a saúde da nossa pele. Incluindo etapas que vão desde a limpeza até a proteção da cútis, em alguns casos, essa rotina pode se tornar uma verdadeira vilã, causando irritações e outros sintomas adversos após o uso de produtos dermocosméticos.
A seguir, você confere quais são os 5 sinais mais comuns de que o skincare pode estar prejudicando a sua pele, com dicas e alternativas da médica dermatologista Leilane Catricala para te ajudar a entender que nem toda rotina de é sinônimo de milagre. Veja só:
Vermelhidão
De acordo com a dermatologista, um dos primeiros sinais relacionados à irritação da pele devido ao uso de dermocosméticos é o surgimento de placas vermelhas, os famosos vermelhidões, em diversas partes do corpo ou rosto.
“Quando testamos um novo produto, não imaginamos os efeitos que aquela determinada formulação irá oferecer em nossa pele. Em casos de irritação, é possível notar placas vermelhas surgirem em todo rosto ou corpo pela incompatibilidade da fórmula com a derme, o que pode ser bastante comum”, explica a médica membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Além da coloração avermelhada, essa irritação inicial ainda poderá vir acompanhada de coceira intensa, ardência ou até mesmo pequenas texturas protuberantes sob a superfície da pele. Portanto fique atenta à coloração da sua derme, pois ela poderá dizer muito sobre o uso dos produtos escolhidos em sua rotina de cuidados.
Surgimento de acne e cravos
Não se engane: se você notar a pele com mais cravos e espinhas em diversas regiões do corpo ou rosto após trocar os produtos de skincare, isso também pode ser um sinal de que algo não está correto.
“Lembro-me de uma paciente, de 32 anos, que chegou ao consultório com uma queixa de acne em um local inesperado. Após uma análise detalhada descobrimos que o culpado, na verdade, era um hidratante específico que estava obstruindo seus poros”, diz Leilane.
“Uma das principais causas está associada ao uso frequentemente de produtos comedogênicos, que causam obstrução dos poros. Eles possuem, na composição, ingredientes pesados, como óleo mineral ou lanolina, campeões em causar irritações como acne e aumento de cravos”, alerta.
Neste caso, especialistas pontuam que o melhor a se fazer após a irritação durante o novo tratamento dermatológico é observar o comportamento da pele.
“A pele desenvolve pequenos pontos pretos ou brancos, indicando que aqueles poros podem ou não estar entupidos. Para obter a confirmação, pode-se suspender o uso do produto por algumas semanas e observar se há melhoria na condição da pele. Caso contrário, suspenda o uso e procure seu especialista”, conta Leilane.
Sensibilidade e pele afinada
Se a sua pele está apresentando maior sensibilidade ao toque ou parece estar mais fina do que o normal, Leilane faz um alerta: “As mulheres de pele sensível ou propensas a reações alérgicas devem ter cuidado redobrado com os ingredientes de produtos dermocosméticos. Isso porque alguns, como fragrâncias artificiais, parabenos, sulfatos e formaldeído, podem tornar a pele mais sensível do que já é”, explica.
E para quem não perde a oportunidade de esfoliar a pele do rosto ou do corpo, o cuidado com os ácidos e os esfoliantes mecânicos também entra na lista.
“Formulações que possuem ingredientes ácidos, como o ácido glicólico e salicílico, também devem ser usadas com cautela. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) sugere optar por produtos mais neutros, hipoalergênicos e sem perfume, que ajudam a minimizar o risco de irritação de quem está mais propenso a sensibilidade”, acrescenta a médica.
Ressecamento e descamação
Sua pele está mais rígida, com aspecto ressecado e com a sensação de estar repuxada? Leilane afirma que, apesar de alguns ingredientes serem capazes de oferecer esse efeito rebote à hidratação, causando descamação, um outro fator pode impactar diretamente no cuidado diário com a pele: as condições climáticas.
“O clima pode facilmente impactar na resposta da pele aos dermocosméticos. No inverno, o ar seco pode causar ressecamento e irritação, enquanto, no verão, o aumento da umidade e suor pode levar à obstrução dos poros em todo corpo. Essas mudanças bruscas de temperatura também podem sensibilizar a pele, tornando-a mais propensa”, comenta.
Sendo assim, converse com seu dermatologista para que o tratamento escolhido seja coerente com o clima e as condições de temperatura de sua região.
E claro, esteja preparada para qualquer tipo de mudança climática bebendo bastante água e realizando boas práticas de bem-estar e saúde, afinal, vivemos uma emergência climática e nenhum creme é capaz de aguentar tamanhas mudanças.
Excesso de oleosidade
Causando desconforto e baixa autoestima, o excesso de oleosidade é uma das principais queixas em consultórios dermatológicos, mas que também pode ser considerado um alerta para o uso inadequado de dermocosméticos.
“A irritação pode manifestar-se também em sintomas de excessos que se estendem até os sintomas mais graves, como sensação de ardência, erupções cutâneas ou inchaços”, pontua.
Em casos de excesso de oleosidade ou qualquer outros sintomas citados nesta matéria, a dermatologista explica que é crucial interromper o uso do produto, além de ficar atenta a outras práticas que podem ajudar na conservação da pele para além dos dermocosméticos.
“Ao apresentar irritação, interrompa o uso do produto imediatamente, e se persistir os sintomas é necessário procurar atendimento médico para uma melhor avaliação”, comenta.
“Mantenha a pele sempre muito bem hidratada e evite exposição excessiva ao sol e poluição. Priorize também manter uma alimentação equilibrada. Isso ajudará na adaptação e manutenção de uma rotina de cuidados com a pele menos caótica”, finaliza.
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