Conheça os principais danos que a exposição prolongada ao sol causa à pele
Ficar exposta aos raios solares sem a proteção adequada compromete a saúde - e a aparência - do tecido cutâneo e pode ter consequências graves. Entenda!
Ir à praia ou piscina, passar o dia todo sob o sol e não reaplicar o protetor solar. Sair de casa para o trabalho e esquecer de proteger a pele. Se exercitar ao ar livre e não passar o filtro. Você já viveu alguma das situações anteriores? A curto prazo, a falta de proteção à radiação solar causa consequências mais leves, como vermelhidão, ardência e descamação. Porém, com o passar do tempo, as agressões provocadas pelos raios solares são acumuladas e podem contribuir para o envelhecimento precoce e doenças graves.
Leia mais: Os itens que não podem faltar no nécessaire para curtir o verão sem neuras
O sol emite os raios UVA, UVB e infravermelho, que impactam na saúde da pele. O UVA possui ondas mais longas e penetra com profundidade na derme e epiderme, sendo o responsável, principalmente, pelo fotoenvelhecimento. O UVB tem ondas de comprimento curto e causa as queimaduras que deixam o tecido cutâneo avermelhado, além de ser um dos principais influenciadores no aparecimento do câncer de pele. O infravermelho atinge camadas profundas e gera a sensação de calor.
Confira abaixo alguns dos principais problemas causados pelos raios solares e lembre-se: proteger a pele é essencial para a saúde!
Envelhecimento
“Os raios solares alteram as fibras de colágeno e a elastina, acelerando, assim, o processo de envelhecimento e causando a flacidez da pele. Além disso, ocorre o ressecamento do tecido, que gera uma aparência opaca e deixa as rugas aparentes”, explica a dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Carla Albuquerque, de São Paulo.
Queimaduras
As queimaduras são uma reação da pele para se proteger dos danos provocados pelo sol. O tecido cutâneo ativa um mecanismo de defesa, que faz com que fiquemos vermelhos e ardidos, e é uma forma de nos avisar que o organismo não consegue mais suportar a radiação. Com o passar do tempo, a exposição solar sem proteção e as constantes queimadas podem aumentar os riscos de câncer de pele.
Doenças de pele
O sol pode potencializar alergias que atingem a pele e, uma das mais comuns, é a fotoalergia ou fotoirritação. Os raios solares conseguem alterar substâncias que estão em contato com o tecido cutâneo, como cosméticos ou perfumes. Essa alteração gera manchas, vermelhidão, inchaço, coceira e a descamação do local.
Outra condição desencadeada pelo sol é a erupção polimorfa à luz, que normalmente ocorre em pessoas que já possuem a predisposição genética ao quadro. Bolinhas vermelhas começam a surgir em regiões como rosto, colo e pernas. Porém, ainda não se sabe o motivo pelo qual essa doença se manifesta, mas entende-se hoje que a radiação solar lesa o DNA da pele e gera um estresse oxidativo, que pode ser um dos responsáveis pelo aparecimento das pústulas.
Existe também a ceratose actínica, que é uma lesão pré-maligna com fundo rosado e de textura áspera. Ela ocorre, em geral, nas áreas expostas ao sol e afeta pessoas mais velhas, que já sofreram um acumulo de radiação pela longa exposição sem proteção. Após descoberta, a ceratose é retirada, pois existe o risco dela se tornar um câncer de pele.
Câncer de pele
O câncer de pele é o tipo mais comum da patologia em todo o mundo. Existem três versões diferentes da doença e é necessário ficar atento à todos elas. O melanoma é o mais agressivo e tem risco de levar à morte, ele afeta os melanócitos (responsáveis pela produção de melanina), que passam a se reproduzir de maneira exagerada. O carcinoma espinocelular e o carcinoma basocelular, apesar de serem formas mais brandas do câncer, causam cicatrizes profundas.
De olho nos cuidados
“Ter consciência de que utilizar o protetor solar é necessário para cuidar da saúde da pele é muito importante. Com o passar do tempo, os danos ao tecido cutâneo começam a aparecer e a prevenção é a melhor maneira de se manter saudável”, aconselha Carla.