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2ª edição do Fórum CLAUDIA reúne 25 CEOs em São Paulo

Evento, com ingressos esgotados, será nesta quarta (20), no WTC, em São Paulo

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 10h38 - Publicado em 19 mar 2019, 19h45
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  • Em nova edição do Fórum CLAUDIA #EuTenhoDireito, mais de duas dezenas de mulheres presidentes de empresas estarão reunidas em um mesmo palco nesta quarta-feira, dia 20.

    Em conversas mediadas por formadoras de opinião relevantes no mundo corporativo, as experiências mostrarão o protagonismo delas em alguns dos maiores negócios do Brasil e do mundo e também como conseguiram transpassar barreiras e perseverar em ambientes onde ainda são minoria. Falarão, é claro, da responsabilidade que carregam em liderar um movimento por mudança nas estruturas há muito consolidadas e pela conquista da igualdade de gênero.

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    (Ricardo Toscani/CLAUDIA)

    Somos poucas, mas temos força!

    De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ocupam 38% dos cargos gerenciais no Brasil. Na presidência, esse número cai para 18%, conforme a pesquisa Panorama Mulher 2018, realizada pelo Insper e a consultoria Talenses.

    O dado reflete a situação feminina em outros países da América Latina e do Caribe, onde a distância de gênero permanece – e tem até aumentado – nos últimos anos. Mesmo no quesito desemprego, elas estão piores do que eles. Segundo o Panorama Social da América Latina 2018, em 2016 eram 10,4% de mulheres sem ocupação em comparação a 7,6% dos homens.

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    No caso de negros, as dificuldades são ainda mais desafiadoras. Ainda que estudos como o apresentado recentemente pela consultoria McKinsey revelem que empresas que investem em diversidade étnica têm 35% mais chances de alcançar um resultado financeiro superior ao dos concorrentes, sobram ofertas em cargos operacionais, mas faltam mulheres negras em posições executivas.

    Esse cenário é consequência do racismo estrutural e da imensa falta de preparo das empresas e dos contratantes em questões de diversidade e inclusão.

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    (Ricardo Toscani/CLAUDIA)

    Soltar o freio de mão é preciso

    Deve levar mais de 200 anos para alcançarmos a equidade de gênero nas corporações, como apontou o relatório Global Gender Gap 2018, organizado pelo Fórum Econômico Mundial.

    Os obstáculos para uma plena integração da mulher ao mercado de trabalho não são poucos, e a maioria deles foi abordada na primeira edição do Fórum CLAUDIA #EuTenhoDireito, realizada no ano passado.

    Os relatos e debates trouxeram à tona o que há muito indicam os dados: as desigualdades reproduzidas continuamente são reflexo de uma estrutura antiga e antiquada.

    Gravidez ou acúmulo de tarefas não remuneradas, como as referentes à casa, ao acompanhamento escolar dos filhos e à atenção exigida pelos pais idosos, fazem com que a mulher se sinta obrigada a optar por jornadas reduzidas, pausas que freiam sua ascensão e provocam até abandono do emprego. Apesar de essa ideia parecer desproposital aos homens, ela é realidade na maior parte do país.

    A diretora de cinema francesa Virginie Despestes, em seu livro Teoria do King Kong (Martins Fontes), diz que as mulheres muitas vezes sentem vergonha do enorme poder feminino. A ideia de que temos de dar conta de tudo, apesar de equivocada, nos acompanha. A afirmação de Virginie, que se aplica a qualquer carreira, levanta outra questão que acomete as mulheres, a síndrome da impostora.

    Esse comportamento se traduz em um sentimento – errôneo – de que a mulher não teria direito de estar na posição do topo por não ter capacidade para isso. Ele pode afetar até mesmo a superexecutiva de aparência confiante. Não raro, muitas mulheres reconhecem que, em um primeiro momento, assumir o protagonismo no ambiente corporativo pode lhes parecer uma atitude inapropriada.

    Daí a necessidade de promover eventos que, como o Fórum CLAUDIA, criem um ambiente aconchegante para as mulheres trocarem experiências. Diante umas das outras, elas revelam as barreiras que enfrentam dentro e fora de corporação.

    Apesar das particularidades da história de cada uma, relatada no palco, todas convergem para um objetivo em comum: a vontade de ajudar a outra e de mudar o cenário para quem está chegando. Vem daí a importância de discutir pautas com olhares múltiplos e vozes das mais diferentes origens, que tragam experiências diversas, criando assim um contexto mais global para tantos perfis femininos.

    Agenda inesgotável

    A missão de CLAUDIA e deste fórum é debater sobre o direito de as mulheres terem a carreira que almejam e de enfrentarem nessa trajetória os mesmos entraves que os homens. Elas precisam sentir e saber que podem avançar no mercado de trabalho sem ter de abrir mão da família, e vice-versa.

    Neste ano, as reflexões continuam. Entre os temas a ser abordados estão a bagagem única que cada profissional carrega; a importância da construção da confiança; a inclusão feminina em territórios ainda muito masculinos, como a tecnologia; a coragem de mudar e a força para se reinventar quando a carreira não é mais satisfatória; os pontos fortes da feminilidade na gestão; e, claro, a união, ponto fundamental para que todas nós possamos construir um futuro melhor, com mais oportunidades.

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    Participantes 2019

    Participação especial: 

    Os ingressos já estão esgotados, mas é possível acompanhar a cobertura do evento por meio do site e das redes sociais de CLAUDIA.

    Leia também: 8 executivas brasileiras estão entre líderes com melhor reputação no país

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    + 5 conselhos de CEOs para aplicar na sua carreira

    Confira as fotos do Fórum CLAUDIA 2019

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