A maquiadora Vanessa Rozan
Foto: Marcelo Brandt/ MdeMulher
Há cinco anos, a executiva Eneida Bini resolveu dar uma guinada na sua vida e tomou uma decisão que deixaria muitas mulheres perplexas: se demitiu do cargo de presidente de uma multinacional e foi passar um ano na Austrália para ficar perto do filho.
Foi durante o fórum Nossa Felicidade, que faz parte do movimento encabeçado pelas revistas CLAUDIA, NOVA, ELLE, ESTILO e pelo portal MdeMulher em parceria com o HSBC, que Eneida contou ter aberto mão de uma bem sucedida vida profissional, à frente da presidência de empresas como Avon e Herbalife, para descobrir novos caminhos. Eneida começou a trabalhar muito cedo, aos 17 anos, e planejava tirar um tempo para si quando chegasse aos trinta anos de carreira para realizar o sonho de viajar e conhecer o mundo. “As pessoas diziam que eu era poderosa e eu pensava: mas o que significa ser uma mulher poderosa? É estar na lista da [revista] Forbes? Não. Pra mim, ser poderosa é ter a capacidade de dominar a própria vida e definir o próprio destino”, afirma Eneida. Com essa convicção, ela saiu da Herbalife e foi estudar por um ano na Austrália, onde o filho mora. De volta ao Brasil, decidiu retornar ao mundo corporativo por conta própria. Agora como consultora, não mais como executiva.
Assim como Eneida, a maquiadora Vanessa Rozan também procurou definir seu próprio destino. Formada em Comunicação Social, ela precisou apenas de algum tempo como estagiária num banco para perceber que aquele ambiente com horários rígidos e prazos apertados – não era o seu. Depois de se formar, Vanessa tirou um ano sabático para fazer cursos e descobrir quais eram suas paixões. Acabou fazendo um curso de maquiagem e, em pouco tempo, era maquiadora sênior da empresa de cosméticos M.A.C., onde trabalhou durante seis anos. Eu era workaholic e sabia que, naquela rotina, não teria tempo para ter filhos, que era meu sonho. Para ter condições de realizar ess sonho sem abandonar a paixão a maquiagem – Vanessa saiu da empresa e abriu uma escola de automaquiagem. “Eu acho que a mulher precisa trabalhar com a cabeça, o coração e as mãos alinhados. E foi isso que eu busquei”, diz.
Dar uma guinada na carreira depois de trinta anos de profissão e empreender num setor inovador foram os novos caminhos encontrados por Eneida e Vanessa, mas, segundo elas, cada mulher precisa encontrar o seu – algumas trabalhando em grandes corporações, outras abrindo negócios próprios. Para Vanessa, vem daí a importância do autoconhecimento: cada uma precisa se conhecer para saber qual é o seu lugar no mundo.
Seja qual for o caminho, Eneida acredita que o dinheiro deve sempre ter a função de proporcionar independência para que as mulheres assumam o controle das próprias vidas. “É isso que nos dá poder”, finaliza.