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Brasileiras que mudaram a ciência

Elas partiram em busca de conhecimento e tiveram seu trabalho reconhecido internacionalmente

Por Tiago Cordeiro para Abril Branded Content
8 jan 2018, 19h16
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  • As mulheres são maioria nas universidades brasileiras, mas ainda sofrem grandes dificuldades para ver seu trabalho recompensado. É assim desde o nascimento dos primeiros cursos de nível superior no Brasil. Eles surgiram a partir de 1808, mas foi apenas em 1882 que uma mulher brasileira terminou uma faculdade – e Maria Augusta Generoso Estrela só alcançou esse feito porque se mudou para os Estados Unidos.

    O século 21 encontra um cenário mais promissor. Em diferentes áreas do conhecimento, no Brasil e no exterior, nossas cientistas estão superando todos os obstáculos e produzindo pesquisas da maior relevância. Para cada pesquisadora que você vai conhecer nestas páginas, existem muitas outras que tiveram a coragem de se dedicar à busca pelo conhecimento e transformaram a ciência num estilo de vida.

    Tábita Hünemeier

    PETROBRAS_CLAUDIA_MULHERESNACIENCIA_final-5
    (Camis Gray/Abril)

    Área de atuação: biociências
    Onde vive: São Paulo
    Contribuições: trabalha para detalhar as bases genéticas da população nativa das Américas. É cientista do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva da Universidade de São Paulo e, assim como Manuella Kaster e Thaisa Storchi, já venceu um prêmio para mulheres em ciência.

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    “Fui uma criança muito curiosa para entender o mundo à minha volta e sempre recebi o incentivo para buscar respostas. Estive dividida entre as ciências exatas e as biológicas, porém decidi pelas biológicas por me interessar muito por genética. O contexto atual é favorável: vem aumentando o número de mulheres como professoras titulares ou responsáveis por grandes projetos.”

    Thaisa Storchi

    PETROBRAS_CLAUDIA_MULHERESNACIENCIA_final-01
    (Camis Gray/Abril)

    Área de atuação: astronomia
    Onde vive: Rio Grande do Sul
    Contribuições: depois de seguir carreira internacional em astrofísica, voltou ao Brasil, onde coordena um grupo de pesquisa dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É membro do Comitê Supervisor da Association of Universities for Research in Astronomy (AURA).

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    “Fiz vestibular para arquitetura. Mas, ao cursar aulas do Instituto de Física, percebi que poderia ser cientista. Acabei fazendo mestrado em astrofísica e depois cursei pós-doutorado no exterior. Uma vez, pedi para levar meu bebê comigo num turno de observação astronômica e o diretor não queria deixar. Insisti e eles acabaram achando uma casa para mim e o bebê.”

    Joana D’Arc Félix

    PETROBRAS_CLAUDIA_MULHERESNACIENCIA_final-4
    (Camis Gray/Abril)

    Área de atuação: química
    Onde vive: Franca
    Contribuições: desenvolveu um modelo de pele artificial para pessoas vítimas de queimaduras e também o cimento ósseo, um produto extraído do couro animal e da escama de peixes capaz de acelerar a recuperação de fraturas.

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    “Minha família morava numa casinha no terreno onde ficava o curtume em que meu pai trabalhava. Eu via o químico da fábrica de jaleco branco. E o jaleco era a coisa mais bonita do mundo para mim. Aprendi a ler com 3 anos e meio com jornais na casa onde a minha mãe fazia faxina. Com 14 anos, passei no vestibular da USP, da Unicamp e da Unesp. Hoje desenvolvo pesquisas com alunos da Etec. Já ganhamos 62 prêmios. Um pai veio me agradecer: a filha de 15 anos deixou de ser garota de programa porque quer se tornar cientista. Ela acabou de passar no vestibular de química.”

    Rosaly Lopes

    PETROBRAS_CLAUDIA_MULHERESNACIENCIA_final-3
    (Camis Gray/Abril)

    Área de atuação: astronomia e vulcanologia
    Onde vive: Texas
    Contribuições: chefe do Departamento de Ciências Planetárias da Nasa, já estudou dezenas de vulcões da Terra a fim de comparar suas condições com a de outros corpos celestes do Sistema Solar.

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    “Quando eu era menina, poucas mulheres iam para a carreira de ciências e havia pouca pesquisa no Brasil para a área que eu queria, satélites espaciais. Fui para o exterior. Tive muitas dificuldades na Inglaterra, porque os estudantes estavam muito mais avançados. Mas sempre fui muito determinada e alcancei o meu sonho de trabalhar na Nasa. Hoje é mais fácil para um estrangeiro, homem ou mulher, estudar e trabalhar na agência espacial.”

    Manuella Kaster 

    PETROBRAS_CLAUDIA_MULHERESNACIENCIA_final-1
    (Camis Gray/Abril)

    Área de atuação: neurociência
    Onde vive: Florianópolis
    Contribuições: pós-doutora pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), estuda marcadores moleculares e bioquímicos, mecanismos que ajudam na identificação e no tratamento de doenças psiquiátricas.

    “Comecei a trabalhar em um laboratório de pesquisa no curso de ciências biológicas e, desde então, não tive mais dúvidas sobre a carreira que gostaria de traçar. Logo cedo eu segui para neurociências, especificamente a neurobiologia da depressão. A ideia de fazer parte da construção do conhecimento, de poder contribuir para a formação de alunos e imaginar o impacto da pesquisa científica na vida das pessoas é o que me motiva.”

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