Corrida de longa distância é um dos
esportes que nunca é tarde para começar
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Cuidar da saúde e, de quebra, ganhar dinheiro. Eis o que acontece com quem transforma o gosto por exercícios em carreira – caso dos 5,6 mil atletas que participaram dos Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio de Janeiro.
Verdade que a maioria começa cedo, mas a história pode mudar de uma hora para outra, como ocorreu com Ana Luiza dos Anjos, 44 anos, de São Paulo.
Virada de mesa
Ex-menina de rua, há uma década ela decidiu correr profissionalmente, já que deixava (bem) para trás os policiais que a perseguiam. De lá para cá, vem conquistando seguidos títulos e hoje sobrevive com o esporte.
Corrida, sobretudo as de longa distância, é o que mais se indica para atletas tardios. “Esportes de longa duração pedem controle mental, tão importante quanto resistência”, frisa Ricardo Arap, da Race Consultoria Esportiva, de São Paulo. Nesse grupo também entram as maratonas aquáticas e pedestres, as provas de aventura e ainda as de ciclismo.
Mudança de rumo
Há outras profissões ligadas ao esporte que podem se tornar rentáveis e ser descobertas tardiamente. A paulistana Marta Franceschelli Cerve, 48 anos, por exemplo, desde a adolescência dedicava-se ao vôlei, mas decidiu parar as competições para estudar engenharia.
Depois, fez faculdade de educação física e, há 21 anos, tornou-se técnica da seleção de base de São Caetano do Sul (SP). “Foi uma decisão difícil, mas não me arrependo”, afirma.