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Empresários contam como fizeram suas lojas online prosperarem

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Por Estúdio ABC
Atualizado em 21 jan 2020, 16h30 - Publicado em 10 dez 2015, 18h22
Divulgação/Bag.me (/)
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O espanhol Adolfo Turrion conhece São Paulo tão bem como um motorista profissional. Durante quase dois anos, ele foi responsável por fazer as entregas da Louie, loja virtual de sapatos masculinos criada por sua esposa, a brasileira Lívia Ribeiro. “Cumprimos todos os prazos e acabamos desenvolvendo uma relação muito próxima com nossos clientes, que passaram a nos indicar para outros”, diz. “A coisa cresceu tanto que hoje já conseguimos terceirizar as entregas, sem deixar de atender os clientes de forma personalizada.”

Turrion e Lívia fazem parte de uma geração de empreendedores que encontrou no varejo online uma forma viável de tirar o negócio do papel. “Ter uma loja física implicaria custos altíssimos que não nos permitiriam vender pelo mesmo preço”, afirma ele. Dados da pesquisa Perfil do E-commerce no Brasil apontam que o país possui mais de 450 mil lojas virtuais. Apenas 15% delas possuem lojas físicas.

Além disso, o risco de fraudes online, que já afastou muitos vendedores, tem caído cada vez mais. “Antes perdia em média duas horas por dia para verificar cadastros. Um tempo valioso que não agregava nenhum valor ao meu negócio”, conta Turion. Essa mudança aconteceu graças a empresas como o PayPal, que desenvolvem meios seguros de pagamentos online para lojas virtuais de qualquer tamanho, e estão sempre oferecendo vantagens ao pequeno empreendedor.

Assessoria de estilo

Divulgação/Louie Divulgação/Louie

Criada pelo casal, a Louie representa um grupo que ainda possui muito espaço para crescer: e-commerces voltados à moda masculina no Brasil. “O homem brasileiro ainda não se sente muito seguro para fazer as escolhas. Não quer errar, busca conforto e possui dúvidas que vão desde qual número encomendar até qual tipo de calçado combina mais com as roupas que vai usar”, explica Turrion.

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Para auxiliá-los, os sócios da Louie prestam um serviço de assessoria de estilo. O cliente envia fotos de suas roupas e eles retornam três opções de sapato à venda que vão bem com elas: um clássico, um moderno e outro mais ousado. Durante o ano de 2015, a loja virtual cresceu 30% ao mês e deve manter o mesmo ritmo em 2016.

Ideias de looks e aluguel

Divulgação/Bag.me Divulgação/Bag.me

Quase 70% das receitas do Bag.me são geradas a partir das looks publicados no perfil da marca pelas empreendedoras cariocas Elisa Melecchi e Luiza Nolasco. Há dois anos, elas montaram um site especializado na compra, venda e locação de bolsas de luxo, com marcas como Prada, Louis Vuitton e Chanel. Logo as sócias perceberam que as bolsas postadas nas combinações sugeridas acabavam sendo as mais procuradas no período próximo à publicação. “Recebemos em média 60 pedidos por mês, dos quais a metade é de aluguel, e temos um tíquete médio de 1.600 reais”, diz Elisa.

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O público do Bag.me é formado por mulheres de classe média alta que aceitam pagar até 400 reais por um mês de aluguel da bolsa mais cara do site. Para alugar, é necessário verificar os calendários que indicam a disponibilidade das bolsas. Depois que o pagamento é efetuado, o produto escolhido segue por correio e é devolvido da mesma forma. Peças também são oferecidas para venda. Parte delas é fornecida por essas mesmas mulheres – a loja media a venda através do modelo de consignação, no qual as proprietárias só recebem o dinheiro após a comercialização.

Para evitar prejuízos e o risco das bolsas não serem devolvidas, Elisa e Luiza encontraram em um produto do PayPal a melhor garantia: o acordo de cobrança, no qual o cliente concorda em pagar o valor integral do produto em caso de não-devolução. “O limite do cartão de crédito é consultado. Portanto, temos como confirmar que a cliente poderá nos devolver os valores”, esclarece Elisa. Hoje, a Bag.me possui um acervo de 60 bolsas para aluguel e mais de 200 para venda. As sócias pretendem investir na compra de novos produtos e dobrar a oferta de locação em breve.

Interação com o consumidor

Divulgação/Se eu fosse um docinho Divulgação/Se eu fosse um docinho

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Oferecer opções para diferentes bolsos e gostos pode ser uma boa estratégia para conquistar clientes fieis. No entanto, ainda mais importante é ouvir o que eles têm a dizer. Só a partir de muitos encontros de degustação para amigos foi que a estudante de Publicidade Marina Bethanis e sua mãe e sócia Cecília Bethanis chegaram aos 80 itens do cardápio fixo da Se eu fosse um docinho, empresa que vende doces e bolos sob encomenda. “Resolvemos unir os conhecimentos dela em Gastronomia e o meu em Marketing para formalizar um negócio que começou a dar certo”, explica Marina.

No início deste ano, mãe e filha planejaram juntas como seria o site da empresa, pensando também em ações de marketing para as redes sociais. “Temos investido em boas fotos, fazemos promoções online e sorteios que geram engajamento”, afirma Marina. “Também aproveitamos sazonalidades como o Dia dos Namorados, das Crianças e Natal para criar novas linhas, atrelando-as com uma forte divulgação no Facebook e no Instagram.”

As ações de marketing online resultaram até em um pedido feito diretamente do exterior, de uma cliente que queria enviar um bolinho de aniversário para sua mãe, no Brasil. Por questões de segurança, preferiu pagar com PayPal – por e-mail! O pedido mínimo para entrega é de 14 reais, e, por enquanto, atende apenas na cidade de São Paulo. “Trabalhamos com produtos de difícil transporte, que podem derreter ou estragar se forem manejados de forma inadequada”, diz Marina. “Ainda há muito espaço para crescer na região que atendemos. Nossa prioridade hoje é ter clientes satisfeitos que nos indiquem a outras pessoas.”

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