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Sou a personal hair preferida das celebridades

Fui uma criança pobre, comecei como estoquista num salão, me apaixonei pela profissão de cabeleireira e hoje faço as cabeças mais famosas do Brasil

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 06h58 - Publicado em 4 ago 2009, 21h00
Ricardo Régener (/)
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Sou a personal hair preferida das celebridades

Nunca imaginei chegar onde estou. Recomendo 
a profissão de personal hair a todas as mulheres!
Foto: Bob Paulino

Ser uma personal hair significa que, além de atender no salão MG Hair, em São Paulo, também saio para fazer penteados na casa das pessoas. No meu caso, na casa das famosas. Fui eu quem deixou o cabelo da Juliana Paes bem escuro. A Maya da novela Caminho das Índias pede esse tom. Já as madeixas da Christiane Torloni eu deixei mais claras ultimamente. Adoro criar penteados para as minhas clientes!

Elas me pedem um look para alguma festa badalada e lá vou eu criar algo novo. Um dia desses fiz um visual supercacheado para a Ana Paula Arósio. Ela adorou! Outra atriz que atendo sempre é a Carolina Ferraz.

Sou a cabeleireira preferida de muitas estrelas. E as trato com a maior mordomia. Levo meu kit com baby-liss, secador, chapinha, escova, muitos produtos e consigo fazer na casa delas as mesmas maravilhas que faço no salão. O bom é que dá pra cobrar a mais por essa comodidade. Uma escova básica não sai por menos de R$ 250.

Comecei de baixo

Quem me vê penteando as famosas nem imagina que nasci em uma cidadezinha pobre do interior de Minas Gerais e não completei nem o primeiro grau. Vim pra São Paulo com a minha mãe quando tinha 4 anos. Meu pai havia nos deixado e mamãe começou a trabalhar como empregada doméstica. Morávamos de aluguel numa casa pequena no bairro de Interlagos. Mamãe se casou novamente e ganhei dois irmãos mais novos.

O casamento não durou muito tempo. Eu, como filha mais velha, tive que assumir as atividades da casa pra que mamãe continuasse trabalhando fora. Por causa disso parei de estudar na 7a série e não tinha esperança de ter uma profissão no futuro.

Observava e aprendia

Tinha muita vontade de trabalhar fora e contei pra minha mãe. Ela conversou com uma amiga, que conseguiu uma vaga pra mim em um salão de beleza. Comecei como estoquista, aos 16 anos. Observava o trabalho dos cabeleireiros e comecei a gostar daquela profissão.

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Todo o dia, depois que o salão fechava, passei a lavar o cabelo dos funcionários pra praticar. Mas não me conformei só com isso, eu queria aprender mais e mais. Em pouco tempo já sabia cortar, fazer penteados, tingir os fios e alisá-los.

Faço muitas capas de revista

Me apaixonei pelo trabalho de cabeleireira e comecei a minha escalada de sucesso: fiquei sete anos em outros salões, onde aprendi muito. Depois, em 2003, fui parar no MG Hair por indicação de uma amiga que trabalhava lá. O dono do salão gostou muito do que eu fazia e começou a me treinar para cuidar do cabelo das estrelas.

Não demorou e ele começou a me colocar para atender as celebridades e a me levar para fazer capas de revista. Pra minha sorte, caí no gosto das famosas e me tornei a cabeleireira queridinha de algumas delas. Adoro atendê-las, claro!

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Nunca imaginei chegar onde estou. Recomendo a profissão de personal hair a todas as mulheres. É bom fazer cursos para se preparar, mas o mais importante é observar outros cabeleireiros trabalhando, além de ter curiosidade e força de vontade pra aprender cada vez mais. Se não fosse isso, eu seria estoquista até hoje.

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