Eu sempre gostei do meu trabalho e acho que sou muito boa no que faço. Estou sentindo, porém, que quanto mais as coisas parecem simples para mim, menos prazer encontro nelas. Devo tratar de sair da zona de conforto?
Deve. A zona de conforto fica sempre um degrau mais abaixo de onde a magia acontece. A gente tende a se apegar a que sabe mas se esquece que o automático fica longe do lugar do prazer e da realização. Aproveite seu amor pelo que faz para experimentar aquilo que o psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi , estudioso do conceito de felicidade, chama de “estado de fluidez”. É aquele momento em que ficamos tão imersos em uma atividade de criação ou trabalho que nos esquecemos de tudo em torno. Para atingir o “flow”, devemos estar constantemente nos desafiando a fazer mais ou melhor. Fazer meramente nosso trabalho “no automático “é o contrário da felicidade: é tédio.
Cynthia de Almeida é colunista de CLAUDIA e escreve aqui no site semanalmente