Criada em 1928, a cadeira Cesca tornou-se um clássico do design mundial por sua inovação e frescor, adjetivos que carrega até hoje, mesmo no auge de seus 94 anos. O arquiteto e designer Marcel Breuer, seu criador, fez parte da primeira turma de alunos da escola alemã Bauhaus, e trabalhou com primor o encontro entre artesanato e design industrial no desenvolvimento da peça.
Vanguardista, Breuer foi o primeiro a desenvolver mobiliário com aço curvado sem o uso de solda em sua fabricação. A descoberta da técnica se deu um pouco antes, quando criou a poltrona Wassily. Ao aprimorar o uso dos tubos, o designer chegou à Cesca: uma estrutura em linha contínua que suporta o assento sem balanço — um dos conceitos mais aclamados do design do século 20.
A Cesca ganhou duas versões: com e sem braços. A opção com apoios repete o feito do aço curvado contínuo, mas eles foram revestidos com madeira para uma estética e conforto assertivos. No assento e encosto, a palhinha, trama de origem europeia, garante o efeito graciosidade do item.
Presente na lista de dez cadeiras mais importantes do século 20, um modelo original fabricado pela Thonet, está em exposição no Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA. Vale ressaltar que outras empresas também ganharam direito de fabricação e distribuição, incluindo a Knoll, que já vendeu mais de 250 mil peças. Não à toa, ela é também uma das cadeiras mais vendidas da época.
Para fechar a história desse clássico do design com chave de ouro, a Cesca ainda conta com um elemento surpresa encantador: seu nome, uma homenagem à filha de Breuer, Francesca. Impossível não se apaixonar, não é?!