Cobogós: como usar esse charmoso truque para dividir ambientes da casa
Ícones do design brasileiro, os cobogós trazem sofisticação ao ambiente e ainda permitem a entrada de luz e ventilação; saiba como usar!
![Decoração - projetos com cobogó](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/cobogo.jpg?quality=85&strip=info&w=850&h=567&crop=1)
Com apartamentos cada vez menores, a integração de ambientes nunca se fez tão necessária na decoração. Unir sala e cozinha, ou até quarto e home office, é uma solução bem-vinda para aproveitar melhor os espaços – e também para lares maiores, onde existe a vontade de aproximar ambientes e criar uma atmosfera mais aconchegante.
Entretanto, é preciso definir os limites mesmo em espaços integrados, e é aí que entram os cobogós, que podem ser uma solução certeira para quem busca fazer essa divisão com sofisticação e sem prejuízos.
Delicados e úteis, os cobogós têm como característica o acabamento vazado, que se transforma em divisória de ambientes, sem impedir a passagem de luz e ventilação.
“Ele nasceu no nordeste, em Recife, na década de 1920. Por causa do calor, criaram esse material vazado para que houvesse ventilação natural nas casas. O nome nasceu das iniciais dos sobrenomes dos engenheiros que conceberam esse produto, Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antonio de Góis”, explica a arquiteta Cristiane Schiavoni, do escritório Cristiane Schiavoni Arquitetura.
“As peças foram largamente usados na arquitetura modernista, e por isso, vários modelos têm um desenho de inspiração retrô, que remete às décadas de 1940 e 1950, quando atingiram o auge. Mas existem desenhos diversos, como os geométricos com ares mais contemporâneos”
Versáteis, esses elementos se encaixam em diferentes estilos de ambientes e seu uso vai depender mais do material que é confeccionado. “Caso o produto não venha impermeabilizado da fábrica, o ideal é impermeabilizá-lo após a instalação. A limpeza é simples, não exige nada especial”, aponta ela sobre os cuidados a serem tomados.
Abaixo, você confere diferentes projetos que aderiram ao cobogó para integrar ambientes de forma sofisticada e versátil.
Charmoso e funcional
Além de divisória entre hall e sala, o cobogó serviu aqui como apoio para a TV no projeto da arquiteta Cristiane Schiavoni (@cristianeschiavoni). O modelo escolhido foi o Margarida, da marca Manufatti, produzido em porcelana esmaltada.
![Cristiane Schiavoni – Raul Fonseca Este projeto com cobogó foi pensado pela projeto da arquiteta Cristiane Schiavoni](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Cristiane-Schiavoni-Raul-Fonseca-39.jpg?quality=85&strip=info&w=1024&crop=1)
![Elaine e Marcelo – Raul Fonseca (28) Este projeto com cobogó foi pensado pela projeto da arquiteta Cristiane Schiavoni](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Elaine-e-Marcelo-Raul-Fonseca-28.jpg?quality=85&strip=info&w=1024&crop=1)
Já o painel de madeira permitiu que a televisão se fixasse na parede vazada, escondendo a fiação e as costas do aparelho.
![Elaine e Marcelo – Raul Fonseca (19) Este projeto com cobogó foi pensado pela projeto da arquiteta Cristiane Schiavoni](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Elaine-e-Marcelo-Raul-Fonseca-19.jpg?quality=85&strip=info&w=1024&crop=1)
Integração discreta
Neste apartamento de 50m², assinado por Bruno Moraes (@brunomoraesarquitetura), a integração era prioridade para ganhar mais espaço e sensação de aconchego entre os cômodos.
![Bruno Moraes Arquitetura – Foto Luis Gomes (3) Projeto com cobogó assinado pelo escritório Bruno Moraes Arquitetura](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Bruno-Moraes-Arquitetura-Foto-Luis-Gomes-3.jpg?quality=85&strip=info&w=1024&crop=1)
![Bruno Moraes Arquitetura – Foto Luis Gomes (2) Projeto com cobogó assinado pelo escritório Bruno Moraes Arquitetura](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Bruno-Moraes-Arquitetura-Foto-Luis-Gomes-2.jpg?quality=85&strip=info&w=1024&crop=1)
A escolha do arquiteto foi por uma divisão em cobogó cerâmico, que demarca sutilmente o conceito de cada ambiente e ainda segue a paleta de tons neutros da decoração.
Já o projeto abaixo, realizado pelo escritório Studio HA (@studio.h.a), traz um revestimento que separa a sala da cozinha, sem comprometer a circulação de ar e a luz natural que vem da janela. A arquiteta Flavia Burin utilizou elementos com 70cm de profundidade x 2,50 de altura, ou seja, aberturas generosas para não pesar o espaço.
![Projeto com cobogós – Studio HA A escolha das arquitetas do Studio HA foi por um modelo com aberturas generosas, beneficiando a entrada de luz](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Studio-HA-Foto-Carol-Tomaselli-6.jpg?quality=85&strip=info&w=1024&crop=1)
O cobogó cumpriu a função de separar os ambientes (sala e cozinha) sem comprometer a circulação de ar e a luz natural que vêm da janela. Além disso, garantiu uma decoração charmosa com suas formas esculturais – a luz do sol ainda cria efeitos interessante ao passar pelos recortes das peças.
![Projeto com cobogós – Studio HA A escolha das arquitetas do Studio HA foi por um modelo com aberturas generosas, beneficiando a entrada de luz](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Studio-HA-Foto-Carol-Tomaselli-8.jpg?quality=85&strip=info&w=1024&crop=1)
Design com personalidade
Já no projeto a seguir, Bruno Moraes optou por dividir os espaços com um sofisticado painel de madeira vazado, que contribui para delimitar o espaço sem deixar de passar a luminosidade. Dessa forma, o espaço da sala de TV ficou delimitado, dando mais privacidade ao home office do outro lado.
![Bruno Moraes Arquitetura – Foto Luis Gomes (1) Projeto com cobogó assinado pelo escritório Bruno Moraes Arquitetura](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Bruno-Moraes-Arquitetura-Foto-Luis-Gomes-1.jpg?quality=85&strip=info&w=1024&crop=1)
![Bruno Moraes Arquitetura – Foto Luis Gomes (4) Projeto com cobogó assinado pelo escritório Bruno Moraes Arquitetura](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Bruno-Moraes-Arquitetura-Foto-Luis-Gomes-4.jpg?quality=85&strip=info&w=1024&crop=1)
No apartamento de 93m² abaixo, no bairro da Santa Cecilia, em São Paulo, a arquiteta Pati Cillo (@paticillo_arquitetura) precisou elaborar uma forma de isolar a cozinha e a sala, sem impedir a passagem de luminosidade de um ambiente para o outro.
![Projeto com cobogó em louça preta da arquiteta Pati Cillo Projeto com cobogó em louça preta da arquiteta Pati Cillo](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/02_Cozinha-IMG_2373-1.jpg?quality=85&strip=info&w=1024&crop=1)
Além disso, o morador é um apaixonado por elementos da arquitetura brasileira e por peças lúdicas. Sendo assim, a solução para realizar todos esses desejos ao mesmo tempo foi recorrer aos cobogós de louça preta.
![Projeto com cobogó em louça preta da arquiteta Pati Cillo Projeto com cobogó em louça preta da arquiteta Pati Cillo](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/01_Estar-IMG_2369-1.jpg?quality=85&strip=info&w=1024&crop=1)
A escolha pela cerâmica escura se deu pelo fato do apartamento já ser bem colorido, com direito a piso verde e parede na cor rosa. O elemento vazado acabou sendo uma opção certeira para criar harmonia no espaço.
Mudança útil
![Projeto arquiteta Marina Carvalho Os cobogós deste projeto da arquiteta Marina Carvalho trouxeram mais praticidade ao espaço](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Marina-Carvalho-Foto-Evelyn-Mu%CC%88ller-9.jpg?quality=85&strip=info&w=1024&crop=1)
A estreita, porém longa, a área de serviço desse apartamento antigo ganhou mais utilidade com a reforma feita pela arquiteta Marina Carvalho (@marina.carvalho.arquiteta). Na mudança, a antiga área foi demolida e transformada em copa, aumentando o espaço para as moradoras que adoram cozinhar.
![Projeto arquiteta Marina Carvalho Os cobogós deste projeto da arquiteta Marina Carvalho trouxeram mais praticidade ao espaço](https://gutenberg.claudia.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/08/Marina-Carvalho-Foto-Evelyn-Mu%CC%88ller-8.jpg?quality=85&strip=info&w=1024&crop=1)
A cozinha ganhou cobogós para separar a área úmida. Antes, o ambiente sofria com má circulação e o excesso de armários para o espaço limitado. Para aumentar a circulação de ar, a profissional optou pelas peças vazadas nas laterais. E ainda conseguiu aproveitar melhor o espaço, adequando os armários ao novo ambiente.