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Ana Claudia Paixão

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A jornalista Ana Claudia Paixão (@anaclaudia.paixao21) fala de filmes, séries e histórias de Hollywood
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Clássico de Hollywood, “Love Story” nos desperta o amor

O filme é ainda uma das maiores bilheterias de todos os tempos e até hoje não poupa as lágrimas das mais românticas

Por Ana Claudia Paixão
22 dez 2020, 21h35
Love story
 (Archive Photos/Getty Images)
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Os anos 1970 marcaram mudanças em Hollywood, trazendo filmes menos teatrais, com interpretações e atores mais realistas. Love Story foi um deles. Nasceu do desejo de uma atriz ainda no início da carreira, Ali MacGraw, que encantou o maior produtor da época, Robert Evans, e o convenceu a investir em roteiro simples e pequeno, que fala apenas da possibilidade das pessoas se amarem como elas são.

A história de como foi feito o filme é uma das maiores lendas do cinema. De custo de produção super baixo, Love Story foi um fenômeno cultural do estilo Titanic, que dominou as bilheterias levando fãs a fazer filas e transformar a produção em uma das mais bem sucedidas de todos os tempos. Isso mesmo. Love Story está como Star WarsTitanicE o Vento Levou e outros clássicos que se entraram para a categoria de fenômeno. Os cinemas contavam com enormes filas para assistir à produção novamente. Ali MacGraw e Ryan O’Neal viraram as maiores estrelas da indústria em praticamente seus primeiros filmes.

A história – alerta spoiler – é de um jovem casal que eventualmente será separado pelo câncer. A melosa trilha sonora do francês Francis Lai, vencedora do Oscar, completou o clássico que recebeu nada menos do que sete indicações e fez mais de 130 milhões de dólares nas bilheterias (na época, soma astronômica). O sucesso financeiro foi tanto que “salvou” o estúdio, a Paramount.

Inspirado em um conto de Erich Segal, que também assinou o roteiro, Love Story é campeão de curiosidades. A mais famosa, e também verdadeira, é de que Segal, estudante de Harvard, onde a história é contada, dividia quarto com Al Gore (ex-vice presidente americano) e Tommy Lee Jones. Não é à toa que o filme marca a estreia do ator no cinema, em um papel menor como colega de quarto de Ryan O’Neal. Por isso, a segunda curiosidade é de que embora reze a lenda que Oliver (personagem de Ryan) seja inspirado em Al Gore, o fato já foi desmentido pelo autor. A vida no campus, no entanto, veio sim da experiência pessoal dele com os dois amigos.

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Ali MacGraw e Ryan O’Neal, curiosamente, nunca namoraram. Por isso, 50 anos depois, continuam amigos. Se reúnem periodicamente até hoje e brincam que nenhum dos casamentos dos dois durou tanto quanto a amizade deles. Para Robert Evans, a história de amor verdadeira foi entre ele e Ali, com quem formou um dos casais mais famosos do cinema na época, até ela se apaixonar por Steve McQueen, mas isso é outra história.

O teste do tempo não ajuda Love Story, escrito em uma época em que o movimento feminista ainda não tinha ganhado fôlego. A personagem de Ali é “ousada” para o contexto histórico, mas nem tanto. A frase mais famosa do filme, que irrita ao mesmo tempo que encanta gerações, é dita por ela, “amar é nunca ter que pedir perdão“. Como Rocky Horror Picture Show, é tradição em Harvard reexibir o filme. Quando a cena em que ela vai falar começa, a plateia repete a frase aos gritos. A atriz é perseguida por ela, mas encara com bom humor e garante que não a diria em circunstâncias normais.

Se ainda não viu um dos maiores clássicos de Hollywood, ele está disponível em várias plataformas de streamings, como Netflix e Amazon Prime Video.

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