Li que no glossário popular existem 40 maneiras de nominar nossa vagina. Como estamos próximas ao Dia Internacional da Mulher me vi novamente com esse tema na cabeça. E conversando com meus pares maduros, a mulherada 50+, pergunto para muitas sobre esses apelidos de nossa perereca. Uns graciosos, muitos chulos, alguns misóginos e a maior parte deles desconhecidos.
Por que nossa xoxota é tão mal falada? E não digo pelos homens que a desejam. Falo pela própria mulher. Quando fiz um curso de pompoarismo, a terapeuta me fez olhar minha patareca sem filtro. Dobras, pelos, cores, orifícios. E amiga, achei feinha a bicha assim nua e crua. Mas a intenção ali era reaprender a gozar. Juro.
Sempre tive orgasmos mas, na minha jornada de mulher madura, comecei a entender que não explorei bem as capacidades do meu equipamento. E neste mergulho nada erótico na minha zona erógena constato aquilo que sempre foi óbvio. A xereca pertence aos homens. Nós apenas a portamos. Somos um veículo para o prazer deles.
Isso, há anos começou a mudar. Mas muito lentamente. Ou sendo mais exata, mudou no discurso mas não na prática. Então o que proponho com esse texto é que na próxima segunda feira, dia 8 de março, nossa data internacional, que você comece a gozar muito. Não há melhor vingança do que ser feliz e de quebra ainda dar um longo e alto gemido de prazer. Promete que vai se tocar?