Hoje tive a oportunidade de assistir a nova versão de A Bela e a Fera, mas pode continuar lendo porque NÃO VOU DAR SPOILERS. Essa história começou em novembro do ano passado, quando a Disney convidou alguns jornalistas para conversar com o elenco em Nova York.
Eu lembro da noite que minha chefe me chamou e disse: “Você quer entrevistar a Emma Watson?”. Essa pergunta não tem nem resposta, né? Quem não gostaria de entrevistar a Emma Watson. Para quem não sabe (se é que existe alguém), Emma é a atriz que interpreta a poderosa Hermione Granger na série de filmes do Harry Potter. Ela também é a representante da ONU Mulheres na campanha Eles Por Elas e uma das meninas responsáveis por renovar o feminismo por aí.
Em 2014 ou 2015, quando saiu a notícia de que ela seria a nova Bela, todos os fãs ficaram ansiosos. Emma tem cara de Bela e parece a única opção possível agora. Mas a verdade é que o papel poderia ser um pouco antiquado para a francesa (sim, ela nasceu em Paris e foi criada na Inglaterra) de 26 anos. Com toda essa bagagem feminista, ela não pode ser a prisioneira que se apaixona pelo vilão.
Foi então que a Disney surgiu com uma sacada muito esperta: e se atualizássemos o roteiro? Faz muito sentido que em 2017, 25 anos depois do desenho ser lançado, a trama ganhasse pinceladas adequadas. Como prometi, não vou entregar nada. Mas digo que Bela não é uma mocinha desprotegida. Ela é teimosa (e isso é um bom adjetivo), obstinada, corajosa e curiosa. Ela é inventora, cria sozinha coisas impressionantes.
O filme ganha muitos pontos também ao reforçar a história prévia do casal principal. Por que a Fera não sabia o que era amor? O que tinha o levado até ali? Era resultado de um trauma? E por que a Bela não tem mãe? Com apoio mútuo e viagens no tempo (além de novas canções), eles respondem tudo isso.
Falando em músicas novas, elas são todas incríveis, mas são as antigas que enchem os olhos de lágrimas. Pode ir esperando cenários e figurinos riquíssimos, além de efeitos especiais no ponto. Ah, destaque para Gaston e Le Fou, que dão vida e trazem refresco para a doçura da história.
Enfim, dia 16 pode lotar o cinema. Você vai amar, as crianças vão amar e a Disney vai ficar feliz. Bill Condon, o diretor, cumpriu o que me prometeu há meses em Nova York: ele criou um filme novo e manteve o antigo irretocável.
Se você quer muito ler minha conversa com Emma, Dan Stevens (a Fera) e o diretor, corre para as bancas!