Renato Russo é uma figura emblemática da música brasileira. Da minha memória musical também. Ainda criança, o conheci (ou sua voz) pelas canções em italiano. Meus pais adoravam o álbum Equilíbrio Distante, que tocava repetidas vezes em casa, no carro… Eu olhava a capinha, desenhada pelo Giuliano Manfredini, filho dele, e imaginava como seria a Itália. Acho que deve ter uma coisa de crianças se entenderem através daqueles traços pouco firmes.
Um pouco mais velha, me lembro do meu pai cantando Faroeste Caboclo, Eduardo e Mônica. Lindas letras, poéticas, que valorizavam enredos complexos. A cada vez que tocavam, aparecia um novo significado. Aos 20 e poucos, fui à Brasília e um amigo querido fez um tour pelos lugares importantes da música que cresceu ali nos anos 1980 e 1990. Passei pela escola onde Renato estudava, pelo lugar onde aconteciam os ensaios do Aborto Elétrico, pelo apartamento que ele morou com os pais. Foi uma viagem.
Não me chamo de fã (conheço amigas cuja devoção e amor pelo ídolo são infinitamente mais bonitos), mas fiquei feliz quando o Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, prometeu uma exposição completa sobre a vida e obra do cantor. A equipe teve acesso ao apartamento onde Renato morou de 1990 a 1996. Ali ainda estavam os móveis posicionados na sala, os sapatos guardados, as roupas dobradas. Uma vida intacta, mantida. Mais de três mil itens foram catalogados. A exposição abriu no dia 6 deste mês e é absolutamente imperdível. Vai até janeiro.
Mais ou menos na mesma época, a Companhia das Letras lançou Renato Russo: o Livro das Listas (59,90). Aparentemente, o cantor adorava fazer listas, era praticamente um vício. Ele listava seus filmes preferidos do momento, as músicas que mais ouvia, os atores preferidos, lugares que sonhava em conhecer. São 200 páginas deliciosas para mergulhar mais fundo na alma de Renato. Separei aqui as minhas favoritas. Tem até playlist para ouvir. E deixo o convite para curtir um pouco mais de Renato Russo.
10 pessoas famosas que você convidaria para jantar
Janis Joplin, Marilyn Monroe, Gram Parsons, Brian Wilson, Isadora Duncan, Arthur Rimbaud, Fernando Pessoa, Jesus Cristo, Leonardo Da Vinci, Oscar Wilde
Canções Favoritas de Todos os Tempos
In My Life – The Beatles, Parade – Magazine, My Way – Sid Vicious, Good Vibrations – The Beach Boys
Meu Favoritos Cult: 30 maiores de todos os tempos
Cinzas no Paraíso, Lua de Papel, Perdidos na Noite, Essa Pequena é uma Parada, Privilégio, Os Seus, Os Meus e Os Nossos, Os Rapazes da Banda, …E o Vento Levou, Romeu e Julieta, Nashville (continua…)
As favoritas da Isabella cantadas por Renato