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Viajar para a Índia todos os dias: lições de autoconhecimento e plenitude

Há tempo certo para tudo: os ensinamentos valiosos que Alessandra Ritondaro trouxe na bagagem emocional depois da Índia

Por Alessandra Ritondaro
Atualizado em 30 abr 2024, 17h24 - Publicado em 24 abr 2024, 16h00
Mulher viajando na Índia vestindo sari amarelo e caminhando por paisagem verde
Transformação: "Quando pus os pés na Índia, eu me conectei com muitas coisas que havia estudado e entendi o quanto tudo está em sintonia" (Getty Images/Getty Images)
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Ainda estou, digamos, fazendo um download da viagem que realizei, em janeiro deste ano, à Índia. Se eu for resumir essa experiência, a palavra é acolhimento. Para muitos, pode parecer contraditório, até pelas notícias em torno daquele País.

Reconheço e estou ciente de que é um território com questões complexas a serem resolvidas. Mas, o meu ponto, aqui, foi o que vivenciei sobre atenção plena, a simplicidade em sua essência e um legado que trouxe na mala e me acompanha, agora: Yoga, que vai muito além das posturas, além do tapete.

Mulheres no Taj Mahal na Ìndia com roupas coloridas carregando tigelas na cabeça
Lições indianas: “Estar presente em cada momento, menos presa ao passada e, especialmente, menos ansiosa com o futuro” (Getty Images/Getty Images)

O primeiro aprendizado foi a escolha. Optar por passar dias na Índia com pessoas que eu não conhecia, no lugar de uma viagem habitual em família à Itália, foi um divisor de águas. Pensar em mim mesma, como prioridade, já foi um ensinamento valioso. E é incrível como, quando fazemos a opção adequada, o Universo conspira – tudo vai acontecendo natural e rapidamente. A segunda lição foi a preparação da viagem. Não só bagagem, alimentação e hábitos culturais.

Mas o propósito, o que iria buscar em uma viagem de autoconhecimento. Penso que em qualquer viagem, independentemente do motivo, deveríamos ter essa preparação emocional e espiritual. Para que estamos indo nos tira do automático e nos faz ir além de abrir o armário para selecionar peças de roupas.

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A terceira foi a de que há tempo certo para tudo.

Ale Ritondaro

Com tudo pronto para partir, fui acometida por uma infecção. Por orientação médica e por ser o certo a fazer, prorroguei a viagem e uni-me ao grupo quase 15 dias depois do combinado. Por vezes, a vida nos surpreende e consideramos que tudo está perdido – no caso, uma viagem com meses de planejamento ir por água abaixo. E, ali na frente, percebemos que há uma razão. Imagine passar por uma infecção no meio da viagem? Seria muito pior, prejudicaria a mim e aos demais que estavam junto comigo. E, seguindo em frente como se deve fazer, posso dizer que, depois da doença, tudo fluiu perfeitamente.

Quando pus os pés na Índia, eu me conectei com muitas coisas que havia estudado e entendi o quanto tudo está em sintonia. Sigo estes estudos e as práticas diariamente, pois acredito que somente assim conseguimos realmente manter vivo o que é importante. A meditação e os mantras.

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Uma das maiores surpresas que eu tive foi a reconexão com o Yoga. Especialmente o estudo da ética do Yoga – os yamas (preceitos éticos) e os niyamas (preceitos morais). O autocontrole, a observação, trazendo esses conceitos para o dia a dia, no exercício das relações. É isso que vai mudar a nós e o mundo, com mais saúde física, mental e espiritual – algo que a humanidade tanto precisa.

Quando olho isso atentamente, a chamada atenção plena, tudo na vida fica mais amplo. Assim, as situações que se apresentam diariamente são enxergadas com mais nitidez, discernimento e amor. E essa mudança no olhar impacta positivamente em uma vida mais feliz.

Eu passei a viajar à Índia todos os dias. Procurando estar presente em cada momento, menos presa ao passada e, especialmente, menos ansiosa com o futuro. Buscando a simplicidade (assim que cheguei, fiz uma faxina nos armários, praticando o ‘menos é mais’). Agir pensando no outro, de forma ampla, correta e nítida.

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O embarque é uma decisão de amor por si mesmo e pelo próximo. É com cada um. E é por todos nós.

Alessandra Ritondaro, CEO do coletivo Weber Shandwick, com Ponte Estaiada de SP ao fundo
Alessandra Ritondaro é a CEO do coletivo Weber Shandwick (Arquivo Pessoal/Divulgação)

Alessandra Ritondaro é a CEO do coletivo Weber Shandwick. Está na agência há 21 anos e tem mais de três décadas de experiência na área de comunicação. Atualmente, ela está à frente do coletivo, com mais de 250 colaboradores atuando de forma integrada e multidisciplinar nos mais diversos segmentos de mercado. Graduada em Relações Públicas, pós-graduada em Marketing, com cursos de extensão em Desenvolvimento Humano e Comunicação Positiva. É especializada em treinamentos de técnicas em comunicação, oratória e assertividade,. Já realizou treinamentos em todo o Brasil para executivos C-level e para outros grupos na Europa e na América Latina.

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