Mulheres gostam de falar. De si. Das outras. Deles. Mas precisamos dialogar ao invés de falar. Conversas que conectam e tragam positividade. Tem muita língua afiada por aí e, de alguma forma, nos acostumamos a julgar e sermos más umas com as outras.
Hoje, olhando as gerações mais jovens, vejo que as maduras e balzacas se deram mal. Tínhamos uma maneira misógina de nós relacionarmos sempre com um sorriso amarelo, uma perna na frente do passo, um gosto de vitória pela queda alheia. Investigando o passado me pergunto: como fomos tão mazinhas assim? Criação? Lenha masculina na fogueira? Homens de alguma forma minaram a sororidade para nos diminuírem como coletivo?
Juntas sempre fomos fortes, mas invejosas, difamantes e algozes seríamos sempre uma presa mais fácil de sermos manipuladas. Vejo minhas filhas mais cordatas com seus pares femininos, mas ainda lá no fundo tem um tico de traíra. Onde repousa a calmaria das relações femininas? Nas brincadeiras de panelinha e casinha? No fim da vida olhando pela janela do asilo? Qual a medida certa dos relacionamento sinceros? Onde está a verdade? Onde está o carinho real de mulheres por mulheres?
Eu tenho procurado olhar as minhas amigas com lente de aumento. Valorizo o melhor em cada uma. Não quero competir. Já quis. Não quero rivalizar. Já fiz. Não quero julgar. Já apontei. Hoje quero somar. Quero aquela sensação das fadas na floresta. Aquela bondade, aquela serenidade, aquela paz.