Foi numa live essa semana que ouvi pela primeira vez a expressão. E fez todo o sentido para mim. Sou movida a excessos e quase sempre não percebo as mudanças e alertas que o corpo dá.
Aliás, nosso corpo fala. Euzinha mesmo, do alto dos meus 57 anos, ando surda, cega, muda para algumas transformações, mas quero cada vez mais seguir esses toques do universo.
O papo era sobre burnout e a amiga do outro lado da tela me relatou um cem número de sintomas que eu tenho todos. Fiquei bege. Aliás, vermelha de raiva. Eu que vivo dando conselhos para as balzacas não me vejo assim tão bem refletida no meu próprio espelho da alma. Comequiékika?
Preciso confessar uma certa síndrome de impostora que me aflige quando o assunto sou eu. Quando são as minhas causas. Quando são os meus achaques. Eu sempre olho muito para os outros e é fato que boa parte do meu repertório vem dos meus tropeços.
E assim eu sigo olhando os meus defeitos para tentar consertar o dos outros. Mas e eu? Pois é. Volto aqui para o meu umbigo e convido a cada uma de vocês para uma revisão real do self.
Será que aquilo que profanamos é de fato válido para gente? Tem que ser? Eu, por exemplo, desde que ouvi a tal expressão da sirene, montei um ambulatório mental para tratar – em esquema emergencial – os meus to-dos.
Vou começar com uma listinha própria pra ver se você também se inspira ao lê-la. 1 – Operar as varizes; 2 – Emagrecer de fato os cinco quilos e reduzir a pochete da menopausa; 3 – Tomar decisão sobre morar ou não com minha mãe e ir em frente ou tirar isso do meu radar (sem reclamar depois); 4 – Organizar meu lazer e minhas férias de 2022; 5 – Cair de cabeça no marketing digital e fazer as vendas do meu info produto decolarem.
Ah… já estou cansada e nem cheguei nos 10 pontos sugeridos. Mas sabe de uma coisa. Esse barulho da infelicidade vai parar de sonar na minha cabeça e vou mandar para o raio que o parta a procrastinação e a lenga- lenga de achar que está tudo dominado. Vai entrar em cena MC Kika e passar a visão. Demorô!