Ouvi a frase de uma jornalista de gastronomia, uma paulista chique. O papo na mesa era sobre comida e sexo, mas eu trouxe para a maturidade o enredo.
A gente vem há tempos engolindo tudo. Sapos, mágoas, cobras e lagartos. E te digo com precisão: é tempo de despedidas desses trancos.
Podemos começar a gargarejar, o que significa sentir o gosto ruim das situações mas não as engolir. Precisa treino. Na vida, por vezes, somos atravessadas pelo mau gosto dos outros. Literalmente. Palavras que fedem, apodrecem, adoecem.
Como faz pra cuspir? O ideal seria nem deixar chegar à goela. Muito menos fazer a egípcia e dar de ombros que aquilo não é para você, mas ainda assim se ver presa ao gosto amargo do vômito alheio.
Eu tenho me preservado. Falo menos. Me exponho menos. Brigo menos ainda. Não quero mais ter razão. Não quero sair vitoriosa de uma batalha verbal que só vai me ferir. A pessoa que brada, liberta o verbo. A pessoa que ouve, engole a seco.
E aquele bichinho do ranran fica zanzando pela nossa mente adoecendo nossos corações e mentes.
Eu não quero engolir mais nada. E levando para o campo da horizontal, se é que me entendem, é fácil gozar com o pau do outro. Difícil mesmo é ser protagonista da felicidade e da leveza.
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