Ah, o incessante fascínio da sociedade por rotular mulheres solteiras! É quase comovente, de tão previsível. Para muitos, a ideia de uma mulher independente e bem-sucedida, que não precisa de um homem ao seu lado para ser validada, ainda é anormal, atípica e, por vezes, mal vista. Quarenta anos e nunca se casou? “Algum problema ela deve ter” ou “É exigente demais!”, eles dizem.
Mas vamos ser honestas: nada é mais gratificante do que ver o espanto estampado no rosto de alguém quando percebe que uma mulher pode, sim, ser plena, feliz e realizada sem carregar o título de “namorada” ou “esposa” de alguém. Nada como as pequenas maravilhas da vida.
Prefiro mil vezes ficar solteira do que embarcar em um namoro-muleta. Aqueles relacionamentos de conveniência, onde a pessoa não consegue sequer imaginar passar um final de semana sozinha. Alguém assim geralmente emenda um namoro em outro e assim vai… A autoanálise passou longe. É aquele tipo de romance que não é construído sobre amor ou respeito, mas sobre o medo da solidão.
Ah, como é triste ver alguém se agarrando a um parceiro por pura comodidade, como uma bengala emocional. Enxerga-se à distância, com letreiro em neon. Todo mundo percebe.
Namorar por comodidade é como carregar um peso morto. É viver em um estado constante de mediocridade, sem a empolgação de estar com alguém que realmente acrescenta algo de valor.
É um ato de conformismo, um grito silencioso de desespero que diz: “Prefiro estar com qualquer um do que comigo mesma”. E isso, minha querida, não é amor. É medo disfarçado de companheirismo — um companheirismo que só serve para beber numa festinha e te enrolar nas mensagens do dia seguinte.
Já não te avisaram que é melhor estar só do que mal acompanhado? A verdadeira revolução acontece quando uma mulher percebe que seu valor não é medido pelo amor que recebe, mas pelo amor que dá a si mesma. Quando ela entende que ser solteira não é um estado de carência, mas uma escolha consciente de não se contentar com menos do que merece.
É quando ela abraça sua liberdade e usa sua voz para desafiar o status quo. Mulheres independentes dançam ao som de sua própria música. Tropeçando em si mesmas, elas riem. Divertem-se, arriscam-se, vivem. São mulheres que se bancam financeiramente, emocionalmente e espiritualmente. Mulheres que não precisam provar nada a ninguém.
Em uma sociedade que ainda valida o sucesso feminino através dos olhos masculinos, ser uma mulher solteira e bem-resolvida é um ato de rebeldia. Então, para todas as mulheres solteiras que vivem suas vidas ao máximo, que escolhem a liberdade em vez da complacência, que encontram felicidade em sua própria companhia: vocês são a mudança que queremos ver no mundo.
E, para aqueles que ainda acreditam que uma mulher solteira está “faltando algo”, talvez seja hora de repensar seus conceitos. Quem sabe o que esteja realmente faltando seja uma compreensão mais profunda do que significa ser verdadeiramente feliz e independente. Porque, no final das contas, o maior sucesso de uma mulher é ser quem ela é, sem precisar de validação de ninguém.
E caso isso ainda seja um problema interno, sugiro uma boa reunião de pauta com as amigas mais bonitas e solteiras que vocês tiverem. Grazi Massafera está aí: solteira, feliz — e cansada de tentarem arrumar um parceiro para ela. Há umas semanas disparou: “Nenhum sucesso é o bastante quando se é uma mulher solteira numa sociedade machista”. Grazi, estamos mudando paradigmas. #tamojuntas
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