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Natália Leite

Por MENTORIA PARA O DIA A DIA Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Natália Leite é jornalista, mestre em ciência da informação e empreendedora. É co-fundadora da Escola de Você (plataforma de cursos online gratuitos para mulheres) e da Sonata Brasil Desenvolvimento de Lideranças
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Sua voz tem sido ouvida?

As mudanças só acontecem quando cada uma se põe em movimento; o importante é fazer a sua presença contar

Por Natália Leite Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 mar 2018, 14h43
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  • Tenho um amigo que a-do-ra mandar piadas pelos WhatsApp. Homem culto e divertido, na maioria das vezes acerta. Ontem, no entanto, ele me mandou uma piada péssima. Tinha tanto machismo que não dava para simplesmente ignorar. Respondi da seguinte forma:

    – Fulano, você deve ter mandado a mensagem pra pessoa errada. Aqui é a Natalia.

    Ele retornou rapidinho:

    –  Mandei pra você mesmo, Nat. É uma piada.

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    Ele sabe quem sou, conhece o trabalho que realizo. E não viu nada de errado em me mandar a piadinha infeliz. Até por gostar dele, segui na conversa.

    – Posso te pedir a gentileza de não mandar piadas machistas pra mim? Não combina com o homem inteligente que você é.

    Joinha. Carinha. Fim de papo.

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    Pode ser que o amigo nunca mais fale comigo. Pode ser que a relação se torne melhor do que antes. Eu sei lá o que vai acontecer! Mas vejo aqui uma lição. Me passou pela cabeça “deixar pra lá”,  ignorar a piada besta. O problema é que “deixar pra lá” vai fazendo parecer natural o que não é! É com uma piada machista aqui, um comentário preconceituoso ali, que se cria uma péssima cultura.

    Esse episódio reforçou em mim a responsabilidade de comunicar, de modo claro, quais são os meus limites. Pode ser que o outro fique desconfortável? Pode ser, paciência. Ainda assim estou em paz. Ser coerente, fiel a mim mesma, me deixa serena. Nem sempre consigo. Às vezes, caio na armadilha do “deixa pra lá”. E isso não é bom. A gente pode e deve se posicionar.

    As mudanças só acontecem quando cada uma se põe em movimento. Se você não gosta de ser chamada de um certo modo, tratada de um certo modo, diga. Se não conseguir dizer diretamente à pessoa, converse com alguém, peça ajuda. Mas vá para a ação. Você tem todo o direito de ser quem você é, gostar e não gostar do que bem entender.

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    Nem sempre as pessoas serão razoáveis e conscientes. Muitas vezes, você terá que desenhar a linha. E tá tudo bem, é assim mesmo. O importante é fazer a sua presença contar e a sua voz ser ouvida. A sua voz tem o poder de mudar o seu mundo.

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