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Rachel Jordan

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Referência no mercado de consultoria de imagem, Rachel Jordan é especialista em comportamento profissional e atua como consultora, mentora e palestrante para empresas e pessoas que desejam desenvolver suas habilidades emocionais e alavancar a carreira. Co-autora do Livro À Sua Moda – 4Talks, Rachel também ministra cursos e workshops na área
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Conflito de gerações no ambiente de trabalho. O que fazer?

Profissionais de quatro gerações estão atuando no mesmo ambiente de trabalho promovendo um enorme desafio para líderes e RHs de empresas

Por Da Redação
Atualizado em 31 ago 2020, 14h44 - Publicado em 30 jul 2020, 09h00
 (Reprodução/Getty Images)
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O mercado de trabalho vem experimentando um desafio histórico nos últimos anos. Atingido por fatores econômicos, sociais e tecnológicos que vieram na esteira de transformações da globalização, o mundo corporativo vive uma configuração até então nunca vista. Profissionais de quatro gerações estão atuando no mesmo ambiente de trabalho promovendo um enorme desafio para líderes e RHs de empresas. A missão desses profissionais é mitigar os conflitos geracionais para não comprometer a imagem da empresa e sua reputação no mercado. Mais do que nunca é preciso ter liderança de equipe com inteligência emocional e empatia para administrar valores, expectativas, objetivos e comportamentos diferentes.

Vamos combinar que essa não é uma missão fácil para ninguém. Afinal de contas, com profissionais de perfis tão diferenciados dentro de uma empresa, muitas vezes esse mix de pessoas, resulta numa espécie de bomba relógio prestes a explodir a qualquer momento. Mas por que vivemos esse encontro de gerações no ambiente profissional tão significativo nesse momento? A resposta envolve inúmeras questões cara leitora. Primeiro é importante ressaltar que essas gerações reúnem profissionais nascidos desde a década de 1950 até os que chegaram ao mundo nos anos 2000. São elas: Baby Boomers, Geração X, Geração Y (também conhecida como Millennials) e Geração Z.

Um dos fatores que tem contribuído para esse encontro geracional formando uma pirâmide desafiadora para gestores e funcionários é a permanência dos profissionais mais velhos nas empresas por um período cada vez mais longo. Muitos deles têm adiado a aposentadoria por diversas questões, entre elas, a financeira. Simultaneamente, os Millennials têm chegado ao mercado em números cada vez mais expressivos. Quem trabalha em uma corporação de médio ou grande porte certamente já observou essa diversidade geracional. Diante desse quadro, é natural que ocorram situações de conflito entre profissionais de faixa etária diferente, seja como líder ou liderado. São cabeças diversas defendendo a sua visão de mundo e de trabalho, mas precisando entregar resultados em comum para atender às expectativas das empresas.

Os profissionais de RH e os líderes devem buscar saídas justas que contemplem a todos dentro de suas necessidades. Os mais velhos se sentem rejeitados e alvo de preconceito por parte dos mais jovens, já que em muitos casos não conseguem acompanhar a velocidade das mudanças impostas pelo mercado, principalmente frente às novas tecnologias. Em contrapartida, os mais jovens se ressentem por não serem atendidos em muitas de suas reivindicações. A entrada de novos profissionais no mercado é natural e esperada, assim como no ciclo normal de nossas vidas. A questão é que ela vem acontecendo em ritmo muito acelerado e isso tem acentuado as diferenças entre as gerações na hora de colocar o trabalho em prática. Sem contar que muitos líderes não se sentem totalmente preparados para resolver os problemas que surgem com as diferenças de comportamento e pensamento. Algumas situações são novas para todos. Nessa hora empatia é a palavra-chave.

Se você ocupa um posto de liderança nesse momento, não se esqueça de que a melhor gestão estratégica de pessoas é valorizar igualmente profissionais de todas as faixas etárias. Mostrar que cada um exerce um papel fundamental na empresa e tem uma enorme contribuição a fazer em seu ambiente profissional. É necessário entender que, acima de qualquer coisa, somos seres humanos e cada um de nós tem uma história de vida diferente, com sonhos, expectativas, dores e talentos distintos. E mais: cada um merece ser tratado com respeito, confiança e transparência em qualquer situação que se apresente.

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Abaixo aponto algumas situações de conflito e proponho algumas saídas para contornar problemas que possam surgir no ambiente profissional.

Preconceito – Esteja você na condição de líder ou liderado, não se esqueça de que é fundamental ouvir, entender e respeitar a opinião do outro. É comum os mais velhos acusarem os jovens de não terem experiência, enquanto os jovens os acusam de obsoletos. Ninguém está certo nessa história. Cada profissional tem a sua competência e pode agregar valor para a empresa. Não adianta as duas partes reagirem com agressividade, pois isso só aumentará o conflito dentro da empresa. Estimule o respeito mútuo.

Comunicação – Em qualquer área de nossas vidas precisamos saber como comunicar uma mensagem ou informação. Uma comunicação imprecisa pode gerar conflito e aumentar o nível de tensão no ambiente profissional. Comunique de forma clara e objetiva, principalmente em e-mails e mensagens escritas. Lembre-se de que é difícil captar o tom exato que quem escreveu quis passar. Para que não aconteçam distorções no conteúdo de sua mensagem, seja clara e empática ao escrever, pense na leitura que o outro pode fazer sobre sua mensagem ou e-mail.

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Diálogo – Crie um canal de comunicação aberto com a equipe. Proponha sempre uma conversa transparente com todos profissionais, sem discriminar mais jovens ou mais velhos. Esteja aberta a escutar, a ouvir o que o outro tem a dizer. Entenda as razões de cada um e, com bom senso e equilíbrio, tente encontrar, com a ajuda dos colegas, uma solução para o problema. Exercite a hierarquia horizontal, trate seus colegas como colaboradores, mostre que a opinião de cada um tem valor e que será devidamente avaliada.

Abaixo as resistências – É muito comum que profissionais de gerações diferentes criem resistências e não se mostrem dispostos a entender a falta de conhecimento do outro em algumas áreas. Os mais jovens muitas vezes menosprezam as dificuldades dos mais velhos frente às novas tecnologias e os acusam de não estarem dispostos a aprender. Já os mais experientes veem os jovens como arrogantes e imaturos. A solução é mostrar que todos ganharão se estiverem dispostos a se ajudar mutuamente deixando qualquer estereótipo de lado.

Convivência – Estimule um convívio saudável entre os funcionários. Crie momentos de descontração como, por exemplo, happy hours com a equipe. Encontros assim estreitam os laços entre colegas, propiciam novas descobertas sobre o outro. É uma boa maneira de tentar derrubar os estereótipos que são criados em momentos de tensão dentro do ambiente profissional. Treinamentos coletivos e workshops para estimular a troca de experiência e a convivência também são ótimos trunfos.

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