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Verdadeira Natureza, por Mariana Ferrão

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Mariana Ferrão é jornalista, palestrante e CEO da Soul.me, empresa especializada em bem-estar, qualidade de vida e desenvolvimento humano. Aqui, marca um encontro quinzenal com as leitoras - e consigo mesma
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Quer dançar comigo?

Se eu quero mudar o ritmo que tenho levado a vida, preciso aceitar que tenho levado uma vida acelerada demais

Por Mariana Ferrão
31 ago 2022, 08h28
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  • Meu aniversário este ano caiu numa quarta-feira, 24 de agosto. Decidi me dar meia semana de folga e desci para a praia. Aproveitei o dia de comemoração com meu amor, mas no dia seguinte ele precisou voltar a São Paulo para trabalhar. Eu também precisava fazer algumas reuniões, mas nada que não pudesse ser online.

    Depois que acabei todas as obrigações da minha quinta-feira fui dar uma caminhada na praia. Mesmo com o sol se pondo no horizonte, o barulho do mar e algumas fragatas voando à minha volta, eu não conseguia me desligar da minha própria mente e aproveitar a paisagem.

    Estava aprisionada a um turbilhão de pensamentos que aparentemente não tinham a menor razão de estar ali, me acompanhando numa caminhada calma, pés descalços, na areia da praia. Fui até um dos cantos da praia, nada: os pensamentos continuavam ali.

    Fui até o outro canto da praia e a perseguição seguiu: os pensamentos na minha cola, ou melhor, grudados na minha mente. Você, a esta altura pode estar se perguntando: “mas no que será que ela estava pensando?”.

    Pois esta foi a pergunta que me fiz: que tanto estou pensandoFoi aí que resolvi caminhar prestando atenção aos meus pensamentos – um a um.

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    Nenhum deles era realmente importante. Mas havia uma sensação por trás de todos eles que eu não consegui identificar muito bem. Uma sensação que parecia nublar tudo, especialmente a minha capacidade de estar presente e realmente ali, caminhando na praia. Decidi que era hora de, então, parar um pouco e meditar.

    Sentei-me na areia, cruzei as pernas e não foram necessárias nem três respirações para que minha voz interior me dissesse: “Mari, você está cansada.”

    Foi como um vento que assoprou as nuvens de todos os pensamentos e clareou tudo: eu realmente estava cansada. Ou melhor, exausta. E o que fazer diante daquela informação interna inquestionável? Interrompi a meditação ali mesmo e deitei na toalha que havia levado à praia.

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    Cochilei por meia hora.

    Não foi o bastante para acabar com meu cansaço, mas o suficiente para acolher algo que precisava ser acolhido. Ter me permitido tirar aquela soneca me trouxe uma sensação de autocuidado que me deixou muito mais leve.

    Voltei para casa caminhando e meus pensamentos pareciam ter ido passear em outro lugar – já não estavam mais nublando a minha mente. Senti a água, reparei nas conchinhas do chão, vi a luz suave do entardecer penetrar nas nuvens e iluminar de lilás uma ilha de pedras no meio do mar, enfim, consegui apreciar o que estava diante dos meus olhos e dos meus pés.

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    Lembrei-me de que no final do primeiro semestre de 2022 eu havia feito uma promessa para mim mesma que diminuiria o ritmo, pegaria mais leve, faria mais pausas, cuidaria mais da rotina para que não ficasse novamente com a sensação de estar sendo atropelada por mim mesma.

    Agosto havia chegado e, naquele instante, percebi que havia me esquecido da promessa. Esqueci, temporariamente. Mas não desisti – disse em voz alta para que eu pudesse ouvir.

    Assim como qualquer acordo, os compromissos que fazemos com nós mesmas precisam ser revisitados, relembrados, de tempos em tempos. 

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    E, como diz uma grande amiga, a psicóloga Cinthia Alves: “O primeiro passo para a mudança é a aceitação.”

    Se eu quero mudar o ritmo que tenho levado a vida, preciso aceitar que tenho levado uma vida acelerada demais. É fácil a gente entender isso quando imagina que precisa chegar a um compromisso em um determinado horário. Se a gente não sabe de onde vai sair, fica muito complicado calcular o tempo para chegar ao destino na hora marcada.

    Não sei o que você anda querendo mudar na sua vida, mas, mais uma vez, esta experiência me mostrou que se a gente aceita o que precisa ser mudado, já começamos a bailar a dança da mudança. Bora entrar neste baile? 

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