A estreia de Pantera Negra na TV aberta, na segunda-feira (31), será uma homenagem ao astro Chadwick Boseman, que morreu após uma batalha de quatro anos contra um câncer no cólon. O filme irá ao ar na Tela Quente, da TV Globo, a partir das 22h 45. Além de vencedor de vários prêmios, o longa é também uma das maiores bilheterias de todos os tempos, com mais de um bilhão de dólares arrecadados em ingressos apenas nos Estados Unidos.
A seguir, reunimos fatos e curiosidades sobre o Rei T’Challa, personagem dos quadrinhos que ganhou vida por Chadwick Boseman e foi eternizado com dignidade e talento.
Mais de 50 anos para chegar aos cinemas
Pantera Negra surgiu no universo da Marvel em 1966. Em 1992, o ator e produtor Wesley Snipes tentou levar a história para o cinema. Mesmo com roteiro pronto, o projeto não saiu do papel. Vinte e seis anos depois, Pantera Negra não apenas chegou aos cinemas, mas virou um fenômeno cultural e uma das maiores bilheterias de todos os tempos.
Apenas um ator seria perfeito
Não houve testes e também não houve dúvidas. O protagonista de Pantera Negra foi oferecido apenas para o ator Chadwick Boseman, após o encontro dele com os produtores. Em menos de 24 horas, ele assinou o contrato.
A sutileza da escolha do sotaque
Para quem ouve o filme no áudio original, T’Challa tem um forte sotaque sul-africano. Esse detalhe foi uma escolha do próprio ator protagonista e impactou todo o elenco, que seguiu o exemplo. A decisão demonstra a profundidade e o empenho que ele teve na construção da ancestralidade do personagem, traço que ele incluiu na sua interpretação para o cinema. Para Boseman, o sotaque era um importante posicionamento para mostrar que T’Challa, embora nobre e tendo estudado na Universidade Oxford (Pantera é PhD em física), não adotou o sotaque europeu e manteve suas origens na fala. Um detalhe especialmente importante para mostrar a força de Wakanda diante dos colonizadores europeus e que, para ser Rei, não precisava falar como eles.
Figurinos vencedores de Oscar e penteados incríveis
A figurinista Ruth E. Carter criou mais de mil peças para o figurino do filme, com inspiração nos movimentos de afrofuturismo, afropunk e detalhes tradicionais africanos. As cores são importantes também para homenagear os personagens como eles apareciam nos quadrinhos: T’Challa usa roxo; Okoye, vermelho e Nakia, verde. Não foi à toa que levou um Oscar para casa pelo incrível trabalho. E cada detalhe de penteado foi criado manualmente por Camille Friend e sua equipe.
Inclusão dentro e fora das telas
Em diferentes departamentos importantes, a equipe de produção do filme foi liderada por mulheres negras, uma decisão feita pelo diretor, Ryan Coogler, que sabia da importância da visibilidade e inclusão dentro e fora das telas.
A certeza de que seria histórico
As atrizes Danai Gurira e Lupita Nyong’o assinaram contrato antes mesmo de ler o roteiro. Embora estivessem trabalhando juntas em uma peça na Broadway, as duas não sabiam que ambas estavam no filme, descobrindo apenas quando Coogler contou para elas.
Cena marcante
Uma das primeiras sequências filmadas de Pantera Negra foi a empolgante luta no clube em Cingapura, uma das que se tornaram emblemáticas do filme.
Ingressos para crianças carentes
Lupita Nyong’o pagou por 600 ingressos para crianças assistirem Pantera Negra em sua cidade natal, Kisumu, no Quênia.
Segredo revelado em 2020
Chadwick Boseman já sabia que estava com câncer no cólon e passava pra tratamento durante as filmagens, sem revelar nada à produção e elenco. Ele visitou crianças com câncer no hospital e que queriam vê-lo como T’Challa nas telas. Dois meninos que o ator estava em contato não conseguiram sobreviver para estar na estreia, o que o comoveu profundamente.
Frase emocionante
Embora a frase “Wakanda para sempre” (Wakanda forever, no original em inglês) seja a assinatura de Pantera Negra, para o ator Winston Duke, que interpretou o pai de T’Challa, não há nada mais forte do que quando diz “Levante-se, você é um Rei”.
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