Síndrome de Estocolmo quase tira Emma Watson de ‘A Bela e a Fera’
Sorte a nossa que a atriz, tão talentosa, não desistiu da personagem. Achamos que Emma Watson deve estar perfeita como Bela!
Emma Watson se permitiu recusar alguns papéis ao longo da carreira de atriz. Foi o caso do live-action de “Cinderela“, lançado em 2015 pela Disney, e até do premiadíssimo “La La Land” – para o qual ela foi inicialmente indicada como a personagem que acabou nas mãos de outra Emma, a Stone.
Quando foi convidada a protagonizar “A Bela e a Fera“, inclusive, ela também até chegou a hesitar. O motivo? O fato de o famoso conto de fadas poder se enquadrar no que se chama “síndrome de Estocolmo” – o complexo apego que alguém em cativeiro pode acabar desenvolvendo por seu sequestrador.
“É uma questão relevante, e é algo com o qual relutei no começo”, conta a britânica em entrevista à Entertainment Weekly. No fim das contas, porém, ela acabou cedendo. Para Watson, Bela é capaz de discutir e de discordar da Fera ao longo da trama, e não tem as características de quem sofre desta síndrome, já que mantém sua “independência e sua liberdade de expressão”.
A fala pode ter a ver com o fato de a hist��ria original ter sido adaptada para a versão mais recente. O motivo pelo qual a personagem de Watson foge do vilarejo em que vive inicialmente, por exemplo, é diferente no live-action: Bela segue os passos de seu pai, um inventor, e cria uma máquina de lavar roupa. Sua meta é ajudar as mulheres da cidade, para que elas possam se livrar deste trabalho doméstico e ter, com isso, uma chance de estudar como os homens. Incrível, não?
Pois bem. Assim que sua invenção fica pronta, os habitantes da pequena cidade se rebelam e quebram de propósito a máquina – e a personagem, naturalmente, fica muito abalada e acaba fugindo.
Quando Watson rejeitou o papel de Cinderela, se justificou dizendo que a personagem principal não tinha a ver com ela. Mas assim como aconteceu com seu primeiro papel, como Hermione Granger na franquia “Harry Potter“, ela se identifica fortemente com Bela – principalmente com a da nova versão da personagem, ao que parece. Em entrevista à revista Total Film, ela chegou inclusive a admitir que deu uma pressionada e adaptou um pouco a personagem, para que Bela se tornasse “o tipo de mulher inspiradora que gostaria de interpretar“. A atriz se recusou, inclusive, a usar um espartilho nas filmagens.
Só poderemos entender direitinho o que mudou (e opinar!) daqui a cerca de um mês, no dia 16 de março – quando o filme chega aos cinemas brasileiros. Mal podemos esperar!