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Angela Davis fala sobre ascensão da extrema-direita-fascista no Brasil

A ativista também se mostrou chocada com a censura recente a alguns livros no país (incluindo O Menino Marrom, de Ziraldo)

Por Maria Carolina Casati
19 jul 2024, 09h00
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  • Filósofa, professora e ativista, Angela Davis tem sido referência nos campos da teoria crítica, interseccionalidade e feminismo negro há várias décadas. Seus escritos têm contribuído para  a formação de intelectuais ao redor do mundo. Eu mesma tenho Angela Davis na bibliografia do meu doutorado e nas aulas que ministro.

    Assim, quando vi que a autora estaria na terceira edição do Festival LED, me muni de uma credencial de colaboradora da CLAUDIA e encarei 10 horas (sim, houve um atraso descomunal) de ônibus para poder escutá-la. E valeu a pena. Auditório principal e secundário lotados, transmissão nos telões disputadíssima: queríamos ver a conversa de Angela Davis com Aline Midlej.

    A pensadora norte-americana não decepcionou seus fãs. Em pouco mais de 40 minutos, defendeu a educação – “a capacidade de questionar” –  e os professores, “os seres mais importantes do mundo”.

    Ao relembrar de sua infância, fez uma conexão com as ideias de Paulo Freire e criticou o excesso de academicismo: “Nas prisões, podemos encontrar muitos exemplos de produção de conhecimento e arte; não é apenas a educação formal que educa”.

    Ficou chocada com a censura recente a alguns livros no país (incluindo O Menino Marrom, de Ziraldo, Ed. Melhoramentos) e sugeriu que criássemos um “clube dos livros banidos” — me chama para mediar os encontros!

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    Ao comentar, com pesar e preocupação, a ascensão da extrema-direita-fascista no Brasil e em todo o globo, Angela Davis terminou sua fala comprovando porque é celebrada neste país, no qual a maioria da população formada por pessoas pretas, pobres, mulheres, corpos dissidentes que tanto carecem  de referencial teórico e acesso àqueles com os quais se identificam: “Não se esqueçam, somos a maioria!”. Que assim seja. Salve, Angela Davis!

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