Oscar 2016: celebridades defendem importantes bandeiras no palco da premiação
Saiba quais são as celebridades que abraçaram a causa das minorias na grande noite de premiações
Leonardo Di Caprio, que era a grande aposta, do Oscar 2016, aproveitou seu discurso para citar a questão do aquecimento global e poluição que assolam o mundo. “Não vamos aceitar que o planeta está à nossa mercê. Temos que trabalhar juntos para vencer isso”, disse emocionado.
Mas ele não foi o único que subiu ao palco não só para agradecer por pela vitória, mas também para despertar a atenção do público para causas políticas e sociais.
O cantor Sam Smith, vencedor da categoria “Melhor Canção Original”, dedicou o prêmio à comunidade LGBT. Ele disse que não sabia ao certo, mas que acreditava ser o primeiro cantor assumidamente gay a vencer o Oscar nesta categoria: “Li um artigo an McKellen, dizendo que nenhum homem abertamente gay já ganhou um Oscar. Se este for o caso, mesmo que não seja, eu quero de dedicar este prêmio à comunidade LGBT. Fico aqui diante de vocês essa noite como um orgulhoso homem gay e espero que um dia nós todos podemos ser iguais”, disse emocionado.
Já o apresentador da cerimônia, Chris Rock, em tom de ironia, citou a polêmica em torno do racismo na cerimônia. Este ano o evento foi marcado pelo boicote de alguns atores negros, que protestaram contra a hegemonia branca no movimento “Oscar So White”.
No início da premiação, Chris se apresentou e disse: “Olha só! Estou no Oscar da Academia, também conhecido como os prêmios dos brancos”. Logo depois, ele completou: “Por que estamos protestando neste Oscar? É o Oscar número 88. Vocês acham que havia negros indicados na década de 50 ou 60? Quero dizer, isso não vem de hoje. É que naquela época havia coisas mais importantes para negros protestarem. Sabe, quando sua avó está pendurada em uma árvore, é muito difícil se preocupar com o melhor curta de documentário estrangeiro”. “Neste ano, as coisas vão ser diferentes. No segmento In Memorian só aparecerá gente negra que foi baleada por policiais”, constatou. E não parou por aí: “O movimento ‘Oscar So White’ não é só um boicote. Queremos oportunidade. Queremos que os atores negros tenham as mesmas oportunidades que os brancos”, concluiu.
Além do prêmio de melhor ator (DiCaprio), “O Regresso”, de Alejandro G. Iñarritú, ganhou títulos de melhor diretor e fotografia . Esta foi a segunda vez em que Iñarritú foi premiado. Em seu discurso, ele falou sobre diversidade, pedindo que a cor da pele não seja mais relevante. “Tenho muita sorte de estar aqui hoje, mas infelizmente muitos outros não tiveram a mesma sorte. Tem uma fala no filme em que Glass (DiCaprio) diz para seu filho mestiço: ‘Eles não te escutam, apenas veem a cor da sua pele’. Então, que maravilhosa oportunidade nossa geração tem de nos libertar de todo preconceito e desse pensamento tribal, e nos assegurar de uma vez por todas que a cor da pele seja tão irrelevante quanto o tamanho do nosso cabelo.”
Apesar de toda a torcida para o brasileiro “O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu, o Oscar de melhor longa-metragem de animação foi para “Divertida Mente”, grande favorito da categoria. No discurso de agradecimento, o diretor Peter Docter, que já havia ganho anteriormente por “Up – Altas Aventuras” disse que é importante “desenhar e fazer filmes pois eles podem mudar o mundo”. Em “Divertida Mente”, os protagonistas são as emoções da menina Riley: Medo, Tristeza, Alegria, Nojinho e Raiva. Elas comandam o comportamento e as reações da garotinha de dentro de um centro de controle na mente.