‘Aladdin‘, o mais recente lançamento da Disney, entra em cartaz nesta quinta-feira (23) e vai levar uma legião de fãs aos cinemas brasileiros. O longa é uma das grandes apostas da empresa do Mickey para este ano.
Quem assistiu ao desenho antigo e já o amava, pode ter certeza de que esta nova adaptação irá ser gratificante! Grande parte do filme é muito fiel ao clássico, mas tem também algumas mudanças significativas que engrandeceram ainda mais a trama.
Duas dessas grandes mudanças estão em Jasmine e Jafar, a princesa e o vilão de ‘Aladdin’. Os personagens interpretados, respectivamente, por Naomi Scott e Marwan Kenzari possuem características muito marcantes e que, por muitas vezes, roubam até a cena do herói principal.
Então, cuidado, Mena Massoud. Seu Aladdin pode estar sendo ofuscado por outras duas estrelas.
Para fazermos este levantamento, precisamos que você relembre os propósitos dos personagens no desenho. Jasmine é filha do sultão e princesa de Agrabah. Seu arco dramático se inicia sozinho e seu destino é traçado por seu pai: ela precisa encontrar um pretendente para se casar o mais rápido possível.
Jafar é conselheiro do pai de Jasmine. Seu objetivo é conseguir a lâmpada mágica que está escondida no meio do deserto e tomar o trono. Para tornar-se sultão, Jafar planeja se casar com a princesa. Este último fato é abordado de maneira diferente no live-action, assim como outras questões.
Ambos os personagens são movidos pela vontade e ambição. Enquanto uma tenta conquistar sua liberdade de escolha e ser claramente ouvida pelos que estão à sua volta, o outro tenta ser tornar um líder tirano a todo custo.
E qual a relevância disso para a nova abordagem da trama para os cinemas? Toda! Isso porque Jasmine, por exemplo, teve seu desfecho alterado no live-action. E isso fez toda a diferença para a construção da personagem.
Aproveitando o gancho do assunto, vamos começar pelos diferenciais da princesa.
A princesa Jasmine
Por que Jasmine é mais interessante que o Aladdin? Porque é ela que cresce durante a história. Isso em diversos sentidos. Socialmente, politicamente (!) e pessoalmente. Sim, Aladdin saiu das ruas e se tornou membro da família de imperadores de Agrabah, além de se casar com o amor de sua vida. Porém, ele não sofria a mesma discriminação que a princesa e ele não era silenciado por ninguém.
No live-action, a personagem reafirma SEMPRE a vontade de liderar seu povo e de ser ouvida pelos seus entes queridos. Até mesmo seu pai, que comanda o reino, mostra-se vidrado em arranjar um casamento para sua filha. E ela nunca escolheu estar naquela situação.
Ao ver a transformação de Jasmine nas telonas, é perceptível a evolução dela em relação à princesa do desenho de 1992. O longa soube valorizá-la e realmente construí-la de forma que suas palavras não fossem deixadas de lado no fim do filme.
Nós amamos o destino da personagem, mas não vamos te dar esse spoiler para não estragar a surpresa!
Jafar
Muitas questões haviam sido levantadas acerca de Jafar antes mesmo da divulgação do primeiro trailer do filme. O questionamento principal era: “por que ele é gato, e não feio que nem no desenho?”. De fato, o personagem sofreu grandes adaptações para o live-action, mas sua presença está tão digna quanto no filme anterior.
O novo Jafar possui a essência de vilão necessária para mover os acontecimentos do filme. O que o destaca sobre Aladdin, o protagonista, é justamente isso. O seu porte. Marwan consegue provar para o público que, mesmo não sendo fisicamente parecido ao Jafar da animação, ele consegue demonstrar a essência do personagem de outras maneiras.
O jeito com que o ator se movimenta pelo cenário, que dialoga com os personagens bonzinhos e até mesmo a forma como ele olha fixamente para os outros são exemplos destacáveis para o arco de Jafar neste filme.
Por mais que Aladdin seja o protagonista e tenha seu nome no título do longa, ele acaba sendo dependente da atuação dos personagens secundários. Agora, o fato é: Jasmine e Jafar roubam a cena do herói muitas vezes.