Aos 42 anos, Bryce Dallas Howard é a estrela de Argylle: O Superespião, que estreou na última quinta-feira (01). A atriz tem uma trajetória marcada por sucesso e indubitável talento – desde o cult A Dama na Água até o protagonismo da nova saga do universo de Jurassic Park – agora chega para protagonizar o thriller de Matthew Vaughn, uma aventura de espionagem com Henry Cavill, Ariana Debose e, inesperadamente, Dua Lipa.
“Eu diria que é um filme de espionagem com reviravoltas atrás de reviravoltas, e que você nunca verá chegando, é muito divertido e muito selvagem”, diz a protagonista em exclusiva à CLAUDIA.
No longa, Bryce interpreta Elly Conway, uma escritora de romance que sempre volta à sua personagem de maior sucesso, Argyle (Henry Cavill), um agente secreto que tem a missão de desvendar um sindicato global de espionagem.
Contudo, a reviravolta surge quando ela descobre que seus livros têm um poder para além do entretenimento, refletindo as ações secretas de uma organização de espionagem para a vida real.
Entrando na pele de Elly
Bryce admite que, mesmo quando recebeu a notícia de que tinha sido aprovada para o papel, ela mal tinha conhecimento do filme ou, inclusive, de sua história. “Do nada, Matthew Vaughn me enviou o roteiro por e-mail e disse: ‘Vou dirigir um filme de espionagem chamado Argylle: O Superespião, e eu adoraria que você desse uma olhada no roteiro e considerasse fazer o papel de Elly Conway’. Então, li e pensei: ‘Este é definitivamente o melhor papel que já interpretei em toda a minha carreira!’. Sem dúvida”, revela.
O trabalho da atriz se mostra ainda mais verdadeiro e especial por ela se enxergar na protagonista, com quem compartilha diversas similaridades e gostos pessoais. “Essa é uma daquelas personagens que quando você lê você pensa: ‘Meu Deus, eu posso interpretar essa personagem’. Sou filha de uma escritora e definitivamente adoro gatos, até os figurinos dela têm coisas que eu usaria na vida real. Então eu realmente me relacionei com ela de uma forma enorme. Ela é multidimensional e, ao mesmo tempo, muito específica sobre quem ela é”, recorda.
“A personagem parecia especificamente desenhada e cuidadosamente criada para mim.”
Argylle e a renovação dos filmes de espionagem
Em um gênero dominado por filmes com astros masculinos, como 007 e Missão Impossível, é sempre positivo quando temos protagonistas femininas – algo que esperamos ser cada vez mais comum. Mas não para por aí: a própria trama passa longe do que você pensaria de um filme descrito como de espionagem e ação.
“É uma mistura de vários gêneros diferentes que nunca foram misturados antes: comédia romântica, musical, thriller de espionagem e aventura. É incrivelmente divertido e, também, a realização de um desejo para mim, pessoalmente, e para o público também, porque são todos os gêneros de entretenimento reunidos para contar essa história que é divertida em muitos níveis”, conta a intérprete de Elly Conway.
Bryce ainda relembra, com carinho, a forma como Vaughn explicou o filme para ela antes das gravações começarem: “Matthew descreveu o filme como uma espécie de mistura de Tudo por uma Esmeralda e Identidade Bourne. A ideia é que você conheça Elly Conway como romancista, e então ela é levada a uma aventura inesperada que é semelhante à dinâmica entre Kathleen Turner e Michael Douglas em Tudo por uma Esmeralda e aqueles filmes dos anos 1980 com espetáculo, grandes personagens e aventura, tudo em um.”
Lado a lado com um elenco de peso
A estrela de Argylle: O Superespião enxerga que a verdadeira magia do projeto foi trabalhar com Matthew Vaughn. Para ela, Vaughn é daqueles diretores que se tornam lendas e, também, marcos para a definição dos próximos longas. “Há muitas coisas que o tornam diferente de outros cineastas, começando pela perspectiva do público, já que ele é o tipo de cineasta que faz você olhar para alguma coisa e pensar: Oh, isso é tão Matthew Vaughn”, reflete, definindo o diretor como um astro ousado.
Bryce não deixa de tecer elogios ao colega de elenco, Sam Rockwell – que interpreta Aiden, o Argylle da realidade – que, para a atriz, trouxe um toque único para o longa, além de tornar sua experiência mágica e inspiradora.
“Ele é tão presente e espontâneo, levando o personagem a lugares bastante ousados – o que considero muito ornamental para um filme de Matthew Vaughn. Ambos são gênios nisso, e fiquei impressionada ao ver a química entre o cineasta e o ator, e o que estava sendo criado por causa disso”, finaliza.
Se você mal pode esperar para presenciar o renascimento do gênero de espiões, Argylle: O Superespião já está disponível nos cinemas.