O Museu Nacional lançou nessa quarta-feira (16) sua primeira exposição desde o grave incêndio pelo qual passou em setembro de 2018. A tragédia destruiu cerca de 90% do acervo da instituição, cuja sede é o Palácio de São Cristóvão na Quinta da Boa Vista, antiga residência da família real portuguesa no Rio de Janeiro.
O palácio continua interditado e a nova exposição do Museu Nacional, intitulada Quando Nem Tudo Era Gelo – Novas Descobertas no Continente Antártico, foi montada no Centro Cultural Casa da Moeda. Localizado na Praça da República, esse prédio foi a primeira sede do Museu Nacional, durante o século 19.
A exposição conta com 160 peças do Paleoantar, projeto do Museu Nacional vinculado ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Esse programa existe desde 1982 e realiza pesquisas de campo no continente antártico.
Dentre as peças exibidas, oito foram resgatadas dos escombros do incêndio – incluindo um fragmento de rocha vulcânica e um tronco fossilizado de 70 milhões a 80 milhões de anos.
De acordo com a Agência Brasil, paleontólogo Alexander Kellner, que é diretor do Museu Nacional, informa que outros itens do acervo estão prestes a serem encontrados nos destroços. “Por exemplo, os dentes de tubarão. Tínhamos uma coleção maravilhosa. E estava em uma sala em que ainda não entramos”, revela Kellner.
A exposição pode ser visitada até o dia 17 de maio. Ela funciona de terça-feira a sábado, das 10 às 16 horas, e aos domingos, das 10 às 15 horas.