Falta pouco mais de um mês para a estreia de “Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa” e a expectativa já está a mil, ainda mais com o novo trailer lançado na última quinta-feira (9). Abrindo uma temporada de filmes com mulheres poderosas como protagonistas (teremos várias adaptações de HQ com heroínas da Marvel e DC estreando nas telonas neste ano), o longa estreia em 6 de fevereiro e contará a história da vilã mais queridinha de todas, a Arlequina, e sua emancipação e redescoberta pessoal após se ver, finalmente, livre de um relacionamento tóxico com o Coringa.
Nesta nova prévia, vemos como Arlequina (interpretada por Margot Robbie) decidiu se unir com outras quatro anti-heroínas – Canário Negro (Jurnee Smollett-Bell), Caçadora (Mary Elizabeth Winstead), Renee Montoya (Rosie Perez) e Cassandra Cain (Ella Jay Basco) –, todas em busca de emancipação.
“Agora que cortei laços com o Sr. C, estou descobrindo que muita gente me quer morta”, diz a personagem nos primeiros minutos de trailer. Ela se refere a Roman Sionis, o vilão mais narcisista de Gotham. “Mas acontece que eu não era a única em Gotham buscando emancipação”. O grupo então se autointitula “Aves de Rapina”, um clã cujo objetivo é derrubar o criminoso e salvar a própria pele – cada uma delas têm um motivo diferente para ser alvo de Roman.
Muito além de mais um filme de heroínas
É preciso ressaltar que Aves de Rapina traz em seu enredo algo muito além do que mais uma história sobre heroínas – ou vilãs que, cada uma com seu objetivo, tornam-se heroínas.
Como o próprio subtítulo já diz ( “Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa”), a proposta do longa é mostrar a redescoberta pessoal de uma mulher após se ver livre de um relacionamento abusivo – e ela trilha seu caminho ao lado de outras mulheres que também estão em busca da própria redenção. Isso tem, de certa maneira, muito a ver com “sororidade”: mulheres que se unem e se apoiam mutualmente.
Além disso, a presença feminina também está presente nos bastidores. A direção é assinada por Cathy Yan, que já dirigiu o pouco conhecido longa “Dead Pigs“. Já o roteiro foi escrito por Christina Hodson, que escreveu “Bumblebee” e é corroteirista de “The Flash” e “Batgirl“, outros filmes da DC que ainda não têm previsão de lançamento. Por fim, todos os figurinos também foram desenhados por uma mulher, Erin Benach, que trabalhou em “Nasce Uma Estrela“.
Protagonismo feminino no universo geek
Aves de Rapina será a primeira estreia de uma série de longas de super-heroínas que tomarão conta dos cinemas em 2020. Como a própria CCXP (Comic Con Experience) de 2019 já mostrou, teremos muitas mulheres protagonistas no universo geek – predominantemente masculino.
Além do longa de Margot Robbie, teremos “Mulher-Maravilha 1984”, estrelado por Gal Gadot e dirigido por Patty Jenkins; já a Marvel irá lançar o filme solo da “Viúva Negra”, que também é dirigido por uma mulher, a diretora Cate Shortland, e mostrará o período em que a personagem (interpretada por Scarlett Johansson) se refugia junto com Steve Rogers (o Capitão América, papel de Chris Evans).
Além disso, a Marvel também traz mais uma trama baseada em HQs e com forte presença feminina: “Os Eternos”. Apesar de contar com um extenso elenco, o nome principal é Angelina Jolie, que dará vida a Thena. O longa conta a história de um grupo de super-humanos que fazem parte de uma raça modificada geneticamente pelos deuses espaciais conhecidos como Celestiais e que possuem dons como imortalidade e manipulação de energia cósmica. A direção também é responsabilidade de uma mulher, a cineasta Chloé Zhao.
Definitivamente, teremos um ano de muito protagonismo feminino no universo geek, não somente em frente às câmeras, mas também por trás delas. E é inegável a importância desta representatividade, visto que filmes do tipo estão impactando a cultura contemporânea e, cada vez mais, a sociedade – bilhões de dólares são movimentados por eles e milhares de pessoas vão aos cinemas para assisti-los. Ter filmes produzidos e protagonizados por mulheres inspirará muitas garotas a procurar, assim como Arlequina, a própria emancipação e empoderamento.