Rosa Maria tem 1,65m e foi dos 85 kg para os 64 kg
Foto: Victor Almeida / Arquivo pessoal
“Eu e meu marido, José, viajávamos de carro quando um motoqueiro quis cruzar a rodovia. Ele não percebeu nossa presença e bateu bem na porta do meu lado. A colisão até que foi fraca. Ninguém se feriu. Mas meu trauma foi enorme. Não conseguia mais andar de carro e passei a depender do José até para ir ao supermercado.
Esse acidente, que ocorreu em janeiro de 2007, só piorou meu problema de peso, que já se arrastava havia sete anos, desde o início do meu casamento. Quando me casei, pesava 60 kg.
O problema é que logo depois mudamos de cidade e comecei a me sentir muito sozinha sem a família e os amigos. Enquanto José passava o dia trabalhando, eu me afundava em solidão, entediada com a rotina de dona de casa. Meus melhores amigos eram a televisão, a janela por onde eu via o movimento da rua e a geladeira. Perdi o costume de dividir as refeições entre café da manhã, almoço e jantar. O José almoçava e jantava na firma e eu ficava com preguiça de cozinhar só para mim. Comia sanduíches e massas o tempo todo. Após dois anos de casada, já havia engordado 25 kg. Para piorar, estava tão desanimada que não sentia mais vontade de me cuidar nem de me arrumar. Me acomodei na gordura durante os cinco anos seguintes. Cheguei aos 85 kg. Até tentava fazer dietas que via na televisão e nas revistas, mas não persistia em nenhuma delas.
Consegui vencer meu desânimo
Depois do acidente, passei a repensar a minha vida. Eu tinha planos: queria engravidar, ter uma vida própria, voltar a trabalhar… Se continuasse naquela situação, teria cada vez mais medo de fazer as coisas e seria mais dependente do meu marido. E se ele morresse? O que seria de mim? Decidi lutar contra minha acomodação. Para começar, me inscrevi em uma autoescola e recuperei a coragem de encarar o trânsito.
Aí, resolvi vencer outro desafio: queria emagrecer os 25 kg que o casamento havia me dado. Resolvi fazer caminhadas diárias de uma hora ao redor do condomínio. Também voltei a cozinhar minhas refeições e a comer de três em três horas. Assim, conseguia controlar meu apetite sem ficar esfomeada.
Rosa Maria ficou linda e saiu na capa da revista SOUMAISEU!
Foto: Reprodução revista SOUMAISEU!
Mas o segredo para manter o pique da dieta foi uma receita que aprendi com minha mãe: comer sementes de abóbora. Elas são ricas em fibras, que fazem o intestino funcionar melhor e diminuem a fome. Além disso, melhoram o humor e dão mais disposição para o dia a dia. Eu torrava as sementes e depois as triturava no liquidificador. Aí, jogava em cima da salada ou misturava com sucos naturais.
Comecei a dieta em setembro de 2008. Em janeiro, me matriculei em um clube e passei a fazer musculação e aulas de body combat, um tipo de ginástica que usa movimentos de artes marciais. Graças às sementes de abóbora, eu tinha muito pique. Depois de um ano, consegui eliminar 21 kg! Voltei ao corpo da época de solteira, mas com uma disposição que nunca tive.
Durante o processo de emagrecimento, comecei a me achar bonita novamente e a me interessar pelos cuidados com a beleza. Decidi ser esteticista. Assim que cheguei ao meu peso atual, me matriculei em um curso técnico. Vou concluí-lo neste ano e já estou trabalhando na área: faço massagem relaxante, drenagem linfática, limpeza de pele e tratamentos faciais.
Chego a tirar R$ 3 mil por mês. Guardo tudo em uma poupança que vou usar para montar minha clínica de estética no futuro. É a próxima meta a ser conquistada. Com a ajuda das sementes de abóbora, disposição para enfrentar desafios é o que não me falta!”
Semente estimula o intestino e melhora o humor
A farinha de semente de abóbora é rica em fibras e, portanto, ajuda a regular o intestino
Foto: Dreamstime
A semente de abóbora ajuda a emagrecer porque é rica em ômega 9, uma gordura boa para o corpo. “Ela previne o acúmulo de colesterol no sangue e evita o acúmulo de gordura na barriga”, explica a nutricionista Flávia Figueiredo. A semente também é rica em fibras. “A digestão dela é mais demorada no estômago. Por isso, ela reduz a vontade de comer entre as refeições”, diz.
Quando chegam ao intestino, as fibras da semente grudam nos açúcares e gorduras presos na região. “Elas varrem essas substâncias para fora do corpo, melhorando o funcionamento do intestino.”
A semente de abóbora também aumenta a produção de serotonina no cérebro, proporcionando uma sensação de bem-estar e melhorando o humor e a disposição.
Você escolhe: crua, em pó ou óleo
A semente de abóbora pode ser consumida crua ou processada, como farinha ou óleo. “Os benefícios são os mesmos em todos os formatos”, diz a nutricionista. O ideal é consumir 30 g por dia. A quantidade equivale a duas colheres (sopa) do óleo da semente e entre duas e três colheres (sopa) da semente crua ou em pó.
A nutricionista sugere consumir a semente crua como aperitivo, entre as refeições, ou triturá-la e misturar em saladas ou sucos naturais, como a Rosa fez.
Sugestão de produtos
Foto: Divulgação
1. Semente sem sal, Flor da Terra, 100 g, no Empório Nutri, R$ 5,90*
2. Óleo de Semente de Abóbora Vital Âtman, 250 ml, na Loja Vital Âtman, R$ 55,20*
3. Semente Estrela do Oriente, 160 g, na Mundo Verde, R$ 5 em média*
Prepare a farinha em casa!
Retire as sementes de uma abóbora grande e lave-as. Deixe secar durante um dia em uma peneira para eliminar a água. Asse no forno por meia hora ou até que fiquem amarelas. Dá para consumi-las assim, como aperitivo. Mas também é possível triturá-las para jogar na comida ou em sucos. Basta colocar tudo no liquidificador e bater até o pó ficar homogêneo. Uma abóbora rende 400 g de farinha de semente, o suficiente para 20 dias de consumo.
Conheça o cardápio seguido por Rosa
*Preços sugeridos em julho/2011