Black Friday: assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Economia da longevidade

A importância de cuidarmos do nosso dinheiro hoje para conseguirmos manter a ideia de futuro próspero, considerando a nova expectativa de vida social

BAIXE O EBOOK 15 mar 2023, 08h39
Economia da Longevidade
 (Getty Images/Getty Images)
Continua após publicidade

Talvez não tenham te alertado sobre as mudanças hormonais, a redução do metabolismo e a falta de colágeno no corpo. Talvez você ainda não tenha explorado a sua libido e despertado para as diferentes formas de prazer. Não estou falando aqui só com mulheres de mais de 40 ou 50 anos, a idade realmente não importa. Assim como não há regras e padrões de idade para roupa, sexo, cabelo e maquiagem, também não deveria haver para o seu dinheiro. Cuide, sim, da saúde mental e corporal, mas não deixe a saúde financeira para trás.

Acredito que você já ouviu superficialmente um dos conselhos imperativos — ou todos eles: “Poupe dinheiro!”, “Comece a investir desde cedo!”, “Diversifique a sua carteira!”, “Planeje a aposentadoria!”. E isso pode ter te imobilizado. O dinheiro é um tabu e, muitas vezes, ainda está relacionado à ganância, ao egoísmo e ao materialismo. Acrescente aqui outras camadas: colonização, patriarcado, machismo e desigualdades. Portanto, melhor não tocar no assunto.

Contudo, nós, mulheres, estamos quebrando padrões, rompendo os limites dos estereótipos da idade e descobrindo novas soluções para ter melhor qualidade de vida, autonomia e liberdade — não importa a idade, lembra? Mais que um termo, o ageless [ou “sem idade”] se tornou um movimento em resposta ao ageísmo (discriminação devido à idade).

Coloque o cropped, reaja e vamos falar sobre dinheiro, até porque envelhecer hoje é muito diferente do envelhecer de poucos anos atrás. A prova: a expectativa de vida dos brasileiros que nasceram em 2021 era, em média, de 77 anos: 73,6 anos para a população masculina e 80,5 anos para a feminina, segundo dados recentes do IBGE. A estimativa vem crescendo desde 1940, quando a expectativa geral era de apenas 45,5 anos. São, em média, 31,5 anos a mais do que em meados do século passado.

Já de acordo com a plataforma Shaping the Future of Financial and Monetary Systems, apresentada em janeiro no Fórum Econômico Mundial, até 2030 uma a cada seis pessoas no mundo terá mais de 60 anos — aproximadamente 1,4 bilhão. Em 2050, esse número terá aumentado para 2,1 bilhões. Ainda nos anos 2020, pela primeira vez na história, os idosos superarão os jovens no planeta.

Continua após a publicidade

Embora essa vida mais longa seja uma conquista extraordinária nos avanços na área da saúde, nem todos conseguem “financiar esses anos extras e permanecer financeiramente resilientes”, discutiu-se no Fórum. Lançando o conceito Longevity Economy (economia da longevidade), foi feita uma convocação para se pensar um futuro mais próspero, culturalmente preparado para acolher pessoas vivendo vidas mais duradouras.

É um assunto sério que não deve mais sair da pauta daqui em diante, pois, à medida que a expectativa de vida individual aumenta, os anos de “vida insalubre” se prolongam, conforme aponta o relatório Global Roadmap for Healthy Longevity, produzido pela National Academy of Medicine (NAM) dos Estados Unidos. “Poucos países fizeram progressos significativos para se preparar financeira, social e cientificamente para uma expectativa de vida mais longa e saudável”, consta no estudo.

O material também aponta que reduzir o preconceito de idade, melhorar a coesão social, garantir a segurança financeira e aumentar a alfabetização digital são aspectos críticos para garantir que a sociedade esteja preparada para apoiar os indivíduos ao passo que envelhecem. Longevity literacy (alfabetização sobre longevidade) é outro conceito que reforça a resiliência financeira e a vida saudável em um mundo em evolução e envelhecimento.

Continua após a publicidade

Viver mais não é apenas uma conquista a ser comemorada, mas também uma oportunidade, ou até mesmo uma necessidade em avançar na forma como a sociedade viveu, trabalhou, estudou e economizou nos últimos anos. Em um país onde uma pequena parte da população pode poupar, o desafio se torna ainda maior.

Jornalista economista Paola Carvalho
Paola Carvalho (@paolajardimcarvalho) é jornalista especializada em economia e finanças pessoais. (|Ilustração: Luiza Paternez/CLAUDIA)
Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.