Princesa Diana: saiba quem realmente foi Lady Di
Ela foi um dos maiores ícones dos anos 1980 e 1990. Hoje, segue sendo lembrada com enorme carinho ao redor do mundo
Sempre lembrada como um dos membros mais queridos da Família Real britânica, a Princesa Diana volta a cativar o mundo, através da série The Crown. Morta em um trágico acidente de carro, em 31 de agosto de 1997, ela foi bem mais do que a esposa do Príncipe Charles e a mãe do Príncipe William e do Príncipe Harry.
Lady Di não costumava seguir os protocolos reais e, com uma personalidade tão transgressora, conquistou o mundo. As desavenças que tinha com a Rainha Elizabeth II eram de conhecimento público, bem como a crise em seu casamento com Charles. Diana também foi ousada ao revelar ao mundo que tinha um transtorno alimentar e que a sua saúde mental não ia bem.
Mesmo vivendo em uma realidade conturbada, com a constante perseguição dos curiosos da imprensa, a Princesa de Gales não deixou de ajudar o próximo. Responsável por auxiliar mais de uma centena de instituições de caridade, sempre acompanhava trabalhos humanitários. Foi assim que Diana ficou conhecida como a eterna Princesa do Povo.
Nem tão plebeia assim
Muitas pessoas acreditam que, assim como Kate Middleton, Diana não tinha ~sangue azul~. Mas isso não é verdade!
Nascida no leste da Inglaterra no dia 1º de julho de 1961, ela era a quarta filha da família Spencer, que fazia parte da aristocracia e da nobreza britânica.
Em 1975, com a morte do avô paterno de Diana, o seu pai se tornou o oitavo Conde Spencer. Foi assim que Diana e suas irmãs receberam o famoso título de “Lady”.
A vida (pouco) amorosa de Diana e Charles
Em 1977, Diana conheceu Charles, o Príncipe de Gales. Na ocasião, ela não imaginava que ele se tornaria seu marido. Aliás, Diana planejava um casamento entre ele e sua irmã mais velha, Sarah!
Dois anos mais tarde, Charles perdeu o seu tio-avô e padrinho, o Lorde Mountbatten. E adivinha quem estava lá para oferecer um ombro amigo? Diana! Depois desse episódio, o tabloide The Sun ~deu o furo~ e publicou que os dois estariam juntos e, então, a imprensa começou a noticiar que os dois estariam se vendo com frequência.
No dia 6 de fevereiro de 1981, Charles combinou um encontro com a namorada no Castelo de Windsor, onde pediu a sua mão. No dia 24, o Palácio de Buckingham anunciou oficialmente o noivado e Diana mostrou o seu icônico anel de safira e diamantes.
Pouco menos de um mês após completar 20 anos de idade, Diana se casou com Charles, que era 12 anos mais velho. A cerimônia aconteceu em uma quarta-feira, dia 29 de julho de 1981, na Catedral de Saint Paul. Cerca de 3,5 mil pessoas estavam presentes na celebração, que foi transmitida para o mundo todo via satélite.
De acordo com o documentário “Princess Diana: Her Life, Her Death, The Truth”, da CBS, o casal mal se conhecia. Segundo a produção, os dois teriam se encontrado pouco mais de dez vezes antes do casamento. E você sabia que Lady Di errou o nome do Príncipe durante a cerimônia?
Em 21 de junho de 1982, nascia o primeiro filho do casal, William Arthur Philip Louis, o Príncipe William. O caçula Henry Charles Albert David, o Príncipe Harry, chegou ao mundo em 15 de setembro de 1984.
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O polêmico divórcio
O casamento de Diana e Charles claramente não foi motivado por amor e esse não era um relacionamento feliz. O documentário “Diana: In Her Own Words” traz à tona filmagens feitas no Palácio de Kensington entre 1992 e 1993. Nelas, Lady Di revela detalhes íntimos sobre a sua vida pessoal a Peter Settelen, professor de dicção que a ajudava a preparar seus discursos públicos.
De acordo com a produção, a Princesa conta que ela e Charles faziam sexo uma vez a cada três semanas, mas nem isso acontecia há anos. Quando questionado sobre o constante convívio com Camilla Parker Bowles (agora Duquesa da Cornualha e atual companheira de Charles), ele teria respondido que “se recusava a ser o primeiro Príncipe de Gales que nunca teve uma amante”.
“Quando tinha 24 ou 25 anos, me apaixonei profundamente por alguém que trabalhava nesse entorno. E me parecia correto deixar tudo, simplesmente ir embora e viver com ele. Ele me dizia que essa era uma boa ideia também”, Diana falou sobre sua paixão pelo guarda-costas Barry Mannakee. “Quando tudo foi descoberto, ele foi expulso e depois se matou [em um acidente de moto]. Esse foi o maior golpe da minha vida”, afirmou. Mais adiante, ela sugeriu que o segurança também poderia ter sido “eliminado”.
A Rainha Elizabeth II não gostava da nora?
A separação entre Diana e Charles aconteceu em 9 de dezembro de 1992, mas o divórcio ocorreu formalmente apenas quatro anos depois. Na época, a decisão foi um verdadeiro escândalo, o que desagradou – e muito – a Rainha Elizabeth II.
Mas o desafeto entre elas não era novidade. Diana foi a primeira a se tornar uma personalidade maior que a própria família real e isso incomodava demais a Rainha.
Mesmo quando ainda era casada com Charles, Lady Di tinha atitudes e fazia declarações que fugiam do que era considerado adequado ao ~protocolo real~. Dessa forma, ela não seguia normas de conduta comuns aos sucessores da linhagem.
A saúde mental da Princesa Diana
Em 1985, quando já estava separada (mas não divorciada) de Charles, Diana revelou que teve depressão pós-parto e que tinha bulimia, doenças que eram tratadas como verdadeiros tabus na época.
Foi necessária muita força para contar ao mundo que a Princesa do Povo sofria de um transtorno alimentar desenvolvido pelo estresse de tentar manter as falsas aparências de um casamento fracassado. Há pouco tempo, Príncipe William falou abertamente sobre o assunto pela primeira vez no documentário “Wasting Away: The Truth About Anorexia”.
“Espero que o George e a Charlotte possam crescer em um mundo no qual a saúde mental esteja completamente normalizada e no qual possamos falar aberta e honestamente sobre isso, garantindo não ser uma fraqueza ou algo de que tenhamos que nos envergonhar. […] Nós precisamos normalizar as discussões sobre doenças mentais. O fato de vocês estarem falando sobre isso é de muita coragem”, opinou William.
O estilo inesquecível de Lady Di
O vestido de noiva bufante de Diana marcou época e serviu como referência para várias gerações. Criado pelos estilistas David Emanuel e Isabel Emanuel, o modelo foi mantido em segredo até a data da celebração.
Com ele, a então Princesa de Gales usou a tiara Spencer, feita em ouro com diamantes aplicados em prata. Os sapatos tinham 150 pérolas bordadas, que formavam um coração central.
E essa não foi a única roupa de Diana que fez história. Lady Di se tornou um ícone no mundo da moda, sempre ditando tendências e ensinando ao mundo grandes lições de estilo.
A sua influência nessa área foi tanta, que Kate Middleton é vista com frequência com looks parecidos com os da sogra.
Sempre inovadora, ela quebrou o protocolo real ao abandonar as luvas e chapéus e, muitas vezes, era vista usando dois relógios. Além disso, o seu corte de cabelo era um verdadeiro sucesso!
E existe até uma exposição com os modelitos mais icônicos de Lady Di, sabia? Confira fotos exclusivas que mostram a evolução do estilo da Princesa.
Diana, a Princesa do Povo
Lady Di ganhou o carinhoso título e não foi à toa: não era incomum ver Diana envolvida com causas humanitárias. Ela dava o seu apoio a diversas instituições de caridade e sempre demonstrava compaixão pelo próximo.
A Princesa de Gales lançou uma campanha pela proibição mundial de campos minados e chegou a atravessar uma área em que tinham sido retiradas minas terrestres em Angola.
Ela também apertou a mão de um portador do vírus HIV para derrubar a crença de que ele era transmissível por contato, chegou a conhecer órfãos de pais soropositivos no Brasil, alertou o mundo sobre a lepra, visitou centros de sem-teto em Londres, entre tantas outras iniciativas inspiradoras.
Além disso, Diana apresentou a realidade da vida real para os filhos, que continuam fazendo valer o seu legado pelo mundo.
Diana e Dodi, vítimas dos paparazzi
Em 31 de agosto de 1997, aos 36 anos, Diana morreu em um acidente de carro no túnel da Ponte de l’Alma, em Paris, na França. Ela tinha saído para jantar com o seu então namorado, Dodi Al-Fayed, herdeiro da loja Harrods. Eles estavam sendo perseguidos por sete paparazzis no momento da tragédia.
Na Mercedes-Benz S280, estavam Diana, Dodi e o motorista Henri Paul. Os dois rapazes morreram na hora e Diana foi levada ao Hospital Pitié-Salpêtrière ainda com vida. Com hemorragia interna e alguns ossos quebrados, ela recebeu massagem cardíaca por duas horas, mas a sua morte foi anunciada posteriormente.
Em entrevista para o documentário da BBC, “Diana, 7 Days”, Príncipe Harry falou sobre os fotógrafos que seguiram o veículo em que Diana estava naquela noite.
“As pessoas que perseguiram a minha mãe naquele túnel foram as mesmas que estavam tirando fotos dela morrendo no banco de trás do carro. Eu sei disso e o William sabe disso. Ela tinha um machucado muito grave na cabeça, mas ainda estava viva. Só que essas pessoas que causaram o acidente, em vez de ajudá-la, continuaram a fotografá-la. E essas imagens foram direto para as mesas de notícias”.
O povo se despede de sua Princesa
Nos dias seguintes a sua morte, os portões do Palácio de Buckingham ficaram cheios de flores e mensagens. A população estava desolada com a perda da Princesa do Povo.
O funeral de Diana aconteceu na abadia de Westminster no dia 6 de setembro. A cerimônia foi vista pelo mundo inteiro e contou com lindas homenagens, incluindo a de Elton John, grande amigo de Diana.
Para homenagear Lady Di, ele fez uma nova versão da canção “Candle in the Wind”, que era originalmente de 1973 e tinha sido feita para Marilyn Monroe. Por ter oferecido apoio emocional à família neste delicado momento, Elton foi nomeado cavaleiro pela Rainha Elizabeth II.
Todos os anos, quando o aniversário de morte da Princesa do Povo se aproxima, os portões do Palácio fica repleto de novas homenagens.
“O Duque [William] e o Príncipe Harry estão gratos por tantas flores, cartas e mensagens que eles receberam sobre sua mãe e eles querem dizer ‘obrigado’ a quem viajou até o Palácio de Kensington”