1. A novela “Babilônia”.
“Babilônia” estreou bem: com um primeiro capítulo cheio de emoção, ousadia e com uma vilã, vivida por Gloria Pires, que prometia ser a queridinha do público. Infelizmente nada disso se concretizou e a trama não decolou. Claro, foi prejudicada pela ascensão de “Os Dez Mandamentos”, da Record, e pelas diversas alterações em seu roteiro pensadas para deixá-la, digamos, com menos polêmicas. Interpretada por Camila Pitanga, a mocinha Regina também não empolgou, pelo contrário: irritou os telespectadores e a atriz fazia mais sucesso por sua irreverência no Twitter do que pela atuação na história. Encurtada, “Babilônia” perdeu na audiência em inúmeras vezes para a novela biblíca da Record e até para Malhação. A maior decepção da teledramaturgia em 2015.
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2. O “Pânico na Band”
Há quase 15 anos na TV, o “Pânico”, exibido desde 2013 na Band, demonstra sinais de cansaço. Não só por sua audiência (em 2015, por exemplo, a atração até perdeu algumas vezes para o similar “Encrenca”, da RedeTV!), mas, principalmente, por seu conteúdo. O caso mais emblemático aconteceu recentemente quando um repórter lambeu (!!!) uma entrevistada durante a Comic Con. Por causa do “incidente” foi criada uma petição online pedindo o fim do humorístico, a justificativa é a de que “já faz um tempo que o programa faz incentivo ao bullying e ao assédio físico e moral”. Mais de 30 mil pessoas assinaram. Além disso, neste ano, também, o programa foi acusado de racismo. O personagem Africano, interpretado por Eduardo Sterblitch, foi alvo de denúncia encaminhada à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República. Em pouco tempo ele saiu do ar.
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3. A estreia de “Escrava Mãe”
Inicialmente anunciada como “a substituta de Os Dez Mandamentos”, “Escrava Mãe” deveria ter estreado em outubro, algo que nunca aconteceu. No lugar entrou uma reprise da minissérie “Rei Davi”, exibida pela Record em 2012. Segundo a emissora, a novela – já totalmente gravada – deve iniciar seus trabalhos em janeiro do ano que vem. É aguardar para ver.
4. O “Tomara Que Caia”
E quando um programa de humor quase não tem graça? Anunciado como o primeiro formato original da Globo em anos, “Tomara Que Caia”, uma espécie de jogo de improvisação, chegou com expectativas altas, mas, infelizmente, não correspondeu. Com audiência pífia (perdeu diversas vezes para o “Programa Silvio Santos”), seu principal defeito foi o de não conseguir fazer o telespectador rir. Críticos apontam a escolha do elenco – sem muita familiaridade com o improviso – a principal culpada pelo fracasso, tanto que, quando Mônica Iozzi fez uma participação especial, a atração saiu da zona de conforto e foi realmente engraçada. Cancelado, o programa não deve voltar ao ar em 2016.
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5. O final de “Os Dez Mandamentos“
“Os Dez Mandamentos” foi um fenômeno cultural e, por diversas vezes, venceu na audiência a toda poderosa Rede Globo. “Babilônia”, “Jornal Nacional” e “A Regra do Jogo” que o digam. Mas, nem por isso, a trama de Vivian de Oliveira esteve livre de incoerências e erros. O pior deles, sem dúvida, foi não mostrar no último capítulo Moisés entregando os dez mandamentos (oi, o nome da novela!) aos hebreus. Em vez disso, após 176 episódios, o telespectador foi surpreendido por um “Continua”. Agora, para saber o final da história, só em março de 2016, quando estreia a segunda temporada da trama.
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6. A última edição de “A Fazenda”
O que fazer quando o elenco de um reality show não é inspirado, não cria polêmicas e tem horror a dar opiniões? O melhor infelizmente, é esperar a edição do ano seguinte. E foi bem isso o que aconteceu com “A Fazenda” em 2015. Claro, não dá para esquecer de Mara Maravilha, que aprontou poucas e boas na oitava edição do programa, mas nem só de um participante pode viver uma atração desse tipo.
7. O “CQC”
O “CQC” bem tentou uma renovação. Após a saída de Marcelo Tas no fim de 2014, a equipe do programa recrutou Dan Stulbach para a difícil missão de substituir o antigo “medalhão”. Foi orquestrada também a volta de Rafael Cortez, ex-Record, à bancada da atração. Investimentos em mais matérias jornalísticas foram feitos, além do destaque para o quadro “Haters”, no qual o repórter Lucas Salles confrontava autores de comentários odiosos na internet. A audiência não respondeu e o programa, muitas vezes, não conseguia chegar aos 2 pontos de audiência. Nos tempos áureos chegou a marcar 7 pontos. Resultado? Não será exibido na grade da Band em 2016.
8. “Sensacional”
No ar desde setembro pela RedeTV!, “Sensacional”, apresentado por Daniela Albuquerque nas tardes de domingo, ainda não disse a que vem. Se na estreia mal conseguiu cravar um ponto de audiência, o que pode ser considerado como traço no Ibope, nas semanas seguintes não foi diferente. Decepção define.
9. Carolina (“Verdades Secretas”)
Veja bem, a personagem era ótima e Drica Moraes esteve impecável em sua interpretação, mas, mesmo assim, Carolina irritou demais em “Verdades Secretas”. Como é possível uma pessoa tão ingênua, tão passiva, tão ignorante de tudo? Quem esperou (e foram muitas pessoas) dela uma guinada em direção à vingança se decepcionou. Mesmo coerente com sua personalidade, seu desfecho na trama deixou um gostinho de que ela merecia fazer justiça com as próprias mãos.
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10. “É De Casa”
Apresentado por SEIS pessoas, o “É De Casa” não está fazendo jus, por enquanto, a todo o seu investimento. Responsável pelo fim da “TV Globinho”, no ar desde 2000, a revista eletrônica sofre nas mãos justamente de atrações infantis exibidas pelo SBT. Nos últimos tempos, é verdade, até ensaiou uma reação na audiência, quando sem Zeca Camargo e Patrícia Poeta cravou quase oito pontos de Ibope. Será que em 2016 o programa vai ter fôlego?
Apesar de mostrar sinais de recuperação desde o final de “Os Dez Mandamentos”, a principal pedra no sapato da Globo nos últimos anos, “A Regra do Jogo” ainda não empolgou. Se antes da estreia era vista como “a salvação do horário nobre”, principalmente por ser escrita por João Emanuel Carneiro, o mesmo de “Avenida Brasil”, a trama hoje pena para, de fato, conquistar o público. Sua audiência, por exemplo, só começou a subir após o fim da novela bíblica da concorrente. Além disso, os núcleos cômicos em nada têm graça, existem muitos furos na trama policial e a mocinha Tóia (Vanessa Giácomo) custa a empolgar. Longe de ser um fracasso, “A Regra do Jogo” é uma grande decepção pelas altas expectativas que cercaram sua estreia.
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