Andrea disse que não está preocupada com as pressões da audiência para a nova novela
Foto: Rafael Campos
Que o gênero novelas está desgastado e precisa se reciclar já não é nenhuma novidade. Mas assumir tal fato com transparência e, mais ainda, lutar contra a situação é o que propõe o autor Silvio de Abreu, que assina a supervisão de Beleza Pura, a próxima trama global das 7, de Andrea Maltarolli, uma das criadoras de Malhação (1995). Este será o primeiro folhetim que Andrea assina na Globo. Tranqüila, ela garante: não está nervosa com o desafio. “Não ando perdendo o sono. Muito pelo contrário, tenho dormido muito bem”, assegura Andrea, que conta também com o apoio do diretor Rogério Gomes.
Também é o desejo de emocionar o público que anda animando Silvio no trabalho de supervisor: “As novelas se desgastaram porque entraram num esquema empresarial. Hoje, trabalha-se em função da audiência. Aquela emoção de levar o público a querer saber o que vai acontecer, a comentar a cena no dia seguinte no elevador, na feira, no trabalho, foi esquecida. Vamos tentar resgatar isso. Sem dúvida, será um desafio, mas é o que garante uma boa história”, ensina Silvio.
Além do resgate da emoção, Andrea está oferecendo elementos muito diferenciados com sua trama. Um deles é o investimento no trabalho de interpretação dos artistas, fugindo dos estereótipos. “A Carolina Ferraz, por exemplo, viverá Norma, uma grande vilã, e a Regiane (Alves) será a mocinha da trama. O público não agüenta mais ver os atores nos mesmos papéis sempre. Nem a gente suporta mais escrever as mesmas cenas para as mesmas pessoas. Os atores estão adorando diversificar e acho que o telespectador vai aprovar isso”, finaliza Silvio.
A história
O fio condutor de Beleza Pura também é uma surpresa. Andrea vai abordar a busca da boa forma sem culpa, mas ressaltando também a busca da beleza ética, que anda faltando no mundo. “Que mal há em batalhar pela beleza física? Porém, jamais podemos nos esquecer dos valores”, acredita Andrea. Essa busca estará centrada no protagonista Guilherme (Edson Celulari), um engenheiro aeronáutico egocêntrico que perde tudo ao ser responsabilizado por um acidente com o helicóptero que desenvolveu. Sem saber que o projeto foi sabotado pela ex-namorada, Norma, Guilherme tentará dar continuidade aos objetivos de vida das cinco pessoas que estavam na aeronave e que morreram.