Deborah Evelyn é muito diferente de Eunice, sua personagem na novela Insensato Coração
Atriz Deborah Evelyn fala sobre sua relação com a filha, Luiza, e se mostra uma mãe bem diferente da personagem Eunice
“As coisas que ela faz são vergonhosas”, diz Debgorah Evelyn sobre sua personagem
Foto: Fabrício Mota
É impossível não antipatizar com Eunice, de Insensato Coração. Ela implica com tudo, não para de reclamar, é racista, interesseira, enfim… “As coisas que ela faz são vergonhosas”, como diz sua intérprete, Deborah Evelyn. Apesar disso, a atriz se diverte com os barracos que a personagem arma em cena. E adianta que vem muito mais por aí. “Eunice arrumará um amante e trairá o marido. Vai ficar ainda mais de quinta (risos)”, conta.
Repercussão
Apesar de Eunice ser uma criatura insuportável, Deborah ainda não passou nenhuma saia justa com o público. “Hoje, as pessoas fazem a diferença entre atores e personagens. Então, chegam e criticam muito a Eunice apenas. Mas isso é bom porque o personagem está fazendo o que tem de fazer”, avalia. E tão bem que o trabalho da atriz tem impressionado até quem acompanha sua carreira. “Tenho um fã que me espera na saída do Projac há muito tempo, o João. Quando saio, paro o carro e dou um ‘oi’ para ele. Há dois meses, mais ou menos, ele me disse: ‘Não sou mais seu fã, Eunice é muito chata’. E eu: ‘Mas você sabe que não sou, né?’ (risos)”, conta Deborah.
A atriz entende a antipatia pela personagem. “Eu não saberia o que fazer com quem chegasse para mim e apoiasse as ideias preconceituosas da Eunice. Acho que diria: ‘É melhor você se tratar’. Não sei… Graças a Deus, ainda não passei por isso (risos)”.
Ela adora papeis densos
Deborah conta que, aos domingos, quando estuda suas cenas da semana, fica impressionada com o mau humor de Eunice. “Ela nunca está satisfeita com nada”, diverte-se a atriz, que confessa preferir interpretar figuras controversas. “Adoro, porque são mais instigantes, diferentes da gente, polêmicas… Já fiz muitas mocinhas, não dava mais, né (risos)?”, fala Deborah.
Apesar de curtir o trabalho, confessa que sai um pouco cansada das cenas em que Eunice arma suas confusões. “Ela é muito barraqueira. Mas é bom que a gente joga tudo ali; é engraçado de fazer”, comenta. Já na vida real, foge de baixarias, mas… “O que me tira do sério é mentira, infidelidade… Quando jovem, já até armei barracos, mas nunca em público (risos)”, revela.
Deborah tem roubado a cena como a interesseira Eunice, de Insensato Coração
Foto: Divulgação – Rede Globo
Mãe em três tempos
Em cartaz com a peça Deus da Carnificina, em São Paulo, Deborah também vive no palco uma mãe de temperamento forte. “Mas sou a única ligação entre elas (risos). Verônica ficaria chocada com o comportamento politicamente incorreto da Eunice. Agora, elas não têm nada a ver comigo. Falta no relacionamento delas, de mãe e filho, diálogo”, avalia Deborah, que é mãe de Luiza, 18 anos. “Temos de ouvir o que os filhos querem. A gente não está sempre certa e eles desejarem outra coisa não quer dizer que estejam errados. Eles fazem a escolha e a gente tem de estar ao lado para o que for. É o que tento com a minha filha”, diz a atriz, que nunca teve nenhum problema sério com Luiza.
“Ela é tranquila, muito madura para a idade dela”, garante. O que não significa que as duas estejam sempre afinadas. “Por exemplo, eu queria que ela ficasse um semestre viajando antes de fazer o vestibular. Ela só tinha 17 anos, mas… Não quis, fez vestibular e está cursando engenharia. Ou seja, não dá para impor nem algo maravilhoso como viajar por seis meses (risos)”, conta.
Estado civil: indefinido
Antes de Insensato Coração estrear, circularam boatos de que o casamento de 22 anos de Deborah e Dennis Carvalho havia acabado. Durante o lançamento da novela, no entanto, o diretor-geral homenageou a atriz, dando-lhe flores e declarando-se. “Para aquela que foi, é e sempre será a mulher da minha vida”. Mas, afinal, a união terminou ou não? “Não falo da minha vida pessoal. Nós, atores, já temos a vida muito exposta…”, responde.
A repórter lembra que a dela é bem resguardada, uma vez que pouco fala sobre o assunto. Deborah dá uma gargalhada e encerra o papo com uma pergunta: “Não é bom manter o mistério?” Então, tá!