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Drew Barrymore: conheça a história de superação por trás da fama

Celebridade aos 7 anos, com 13 já era viciada em drogas e foi MUITO rechaçada. Mas deu a volta por cima e é hoje uma das maiores mulheres de Hollywood.

Por Júlia Warken
Atualizado em 21 jan 2020, 02h48 - Publicado em 1 nov 2016, 20h12
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  • Drew Barrymore já nasceu destinada a ser atriz. Para se ter uma ideia, seus bisavós fizeram carreira no cinema mudo e o avô, John Barrymore, foi um dos maiores atores de Hollywood na década de 1930, junto com seus irmãos Lionel e Ethel Barrymore. O sobrenome dela foi sinônimo de excelência no teatro e no cinema durante décadas. E também de polêmicas envolvendo alcoolismo.

    Os pais de Drew, John Drew Barrymore Jr. e Jaid Barrymore seguiram essa mesma linha, mas nunca foram bem sucedidos como atores. Em relação à bebedeira, porém, o legado perdurou. Quando ela nasceu, seus pais já estavam separados, por conta do alcoolismo de John.

    Apesar dos problemas familiares, a carreira da atriz já se mostrava promissora desde cedo. Aos 11 meses, Drew estreou nas telas, em um comercial de comida para cachorro. Aos dois anos, atuou em um filme para a TV e fez outros papéis pequenos até estourar como a fofa Gertie, em E.T. – O Extraterrestre (1982). Ela tinha sete anos na época e despontou como a criança queridinha de Hollywood. Em 1984, aos nove anos, já tinha uma indicação ao Globo de Ouro no currículo, pelo filme Diferenças Irreconciliáveis.
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    Estrelas mirins nunca conseguem ter uma infância plenamente “normal”, mas o que se passou na vida de Drew a partir do boom de E.T. foi algo além dos limites, até mesmo para os padrões de Hollywood. Aos nove anos, a garota já bebia com frequência, como relatou em uma famosa entrevista à Oprah Winfrey, em 1990. “Quando tinha oito anos eu bebi duas taças de champanhe. Eu fiquei ‘bebinha’ e virei a estrela da festa”, relembra.

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    Já nessa época ela basicamente só convivia com adultos e, em pouco tempo, passou a frequentar boates, como o famoso Clube 54. Sua mãe garante que não a encorajava a beber, mas diz que não via problema em saber que ela andava na companhia de adultos, pois as crianças eram maldosas com Drew no colégio. Jaid chegou a confessar que não a supervisionava nos eventos regados à bebida que elas frequentavam quando a menina era criança.

    Aos 10 anos, Drew já fumava maconha e aos 12 cheirava cocaína. Com 14, tentou o suicídio e, na mesma época, foi internada numa clínica de reabilitação, onde ficou por vários meses. Logo depois, com apenas 15 anos, ela lançou uma autobiografia intitulada Little Girl Lost (Pequena Garota Perdida, em tradução livre) e resolveu se emancipar dos pais. Segundo Drew, sua mãe sempre foi uma má influência e nunca a tratou com carinho.

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    Nessa época, a garota já tinha uma péssima fama no meio artístico e, além disso, os produtores diziam que ela não havia se tornado uma adolescente bonita o bastante para os padrões de Hollywood. Drew chegou a dizer que essas duras críticas foram decisivas para que ela se afundasse no álcool e nas drogas.

    A partir daí, o início dos anos 1990 foi uma época bem difícil na carreira da atriz. Ela só conseguia pequenos papéis (em Batman Eternamente ela não tinha uma fala sequer) e se submetia a produções bem duvidosas. Em 1992, chegou a ser indicada pela segunda vez ao Globo de Ouro, por um filme para a TV – que ninguém assistiu – chamado Howard & Anita – Jovens Amantes. Mas isso não fez com que sua carreira voltasse a decolar.

    Em 1995, ela estava com 20 anos e era a ~garota problema~ oficial de Hollywood. Nesse ano, a atriz posou para a Playboy e virou manchete ao mostrar os seios ao apresentador  David Letterman durante uma entrevista. Como não poderia deixar de ser, a mídia a massacrava sempre que podia. 

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    Mas, em 1996, o jogo começou a virar! Naquele ano, Woody Allen apostou em Drew para estrelar a comédia musical Todos Dizem Eu Te Amo, e o terror Pânico foi um estouro de bilheteria logo depois. Em Pânico, sua personagem era a primeira a morrer, mas estar no elenco já significava alguma coisa. Em 1997, Afinado no Amor – com Adam Sandler – fez um sucesso considerável e, em 1998, ela brilhou muito em Para Sempre Cinderela.

    Aí o comeback estava definitivamente consolidado. Em 1999, Drew produziu seu primeiro filme, Nunca Fui Beijada, no qual ela também foi protagonista. Nascia, assim, a Flower Films, produtora comandada por ela.

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    Nos anos 2000, a bonita passou a ser queridinha em Hollywood novamente. Coisa que ninguém imaginava em meados da década de 1990. Em resumo: nunca duvide do poder de uma garota obstinada! Já em 2000, As Panteras foi um dos filmes de maior sucesso do ano. E mais: além de protagonista, ela também foi produtora do longa.

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    Depois disso Drew passou a protagonizar produções de destaque, como Os Garotos da Minha Vida (2001) e o clássico das comédias românticas Como Se Fosse a Primeira Vez (2004).  Em 2007, anos depois de ser considerada ~feia demais~ para Hollywood, ela estampou a capa na revista People, na edição que listava as 100 pessoas mais bonitas do mundo. Já em 2009, ela viria a dirigir seu primeiro longa, Garota Fantástica.

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    Também em 2009, ela venceu seu primeiro grande prêmio. Através do drama Grey Gardens – do Luxo a Decadência, produzido pela HBO, recebeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante (na categoria de minisséries e filmes para a TV). Ela também concorreu ao Emmy pelo papel, mas na categoria de Atriz Principal, e acabou perdendo o prêmio para a colega Jessica Lange, que atuou no mesmo filme.

    Muita gente afirma que Drew teria sido indicada ao Oscar, caso a produção fosse destinada ao cinema. Versátil que só, no mesmo ano ela ainda emplacou a produção de mais uma comédia romântica bem sucedida: Ele Não Está Tão a Fim de Você, na qual também trabalhou como atriz.

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    No ano de 2012, Drew casou-se com o também ator Will Kopelman. Eles tiveram dois filhos, Olive, de três anos, e Frankie de dois. Antes disso, ela já havia se casado duas vezes, em 1994 e 2001, mas ambos os relacionamentos duraram apenas poucos meses. Em julho de 2016, ela voltou a divorciar-se, mas comunicou à imprensa que a separação era amigável.

    Por fim, Drew Barrymore é daquelas mulheres que provam o quanto uma pessoa pode se reinventar. Ela chegou a falar sobre isso em sua segunda autobiografia, Wildflower (Flor Selvagem, em tradução livre), lançada em 2015. Celebridade aos 7 anos, viciada em drogas aos 13, duramente rechaçada aos 20, produtora e atriz de sucesso aos 25 e uma das mulheres mais influentes de Hollywood aos 42. E a gente não tem a menor dúvida de que ela vai brilhar por muito tempo ainda!

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