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Em entrevista exclusiva, Céline Dion declara estar em sua melhor fase

Prestes a embarcar em uma turnê internacional, a cantora conta como o aprendizado com a morte do marido e a maturidade a tornaram uma mulher mais forte

Por Fernanda Morelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 18 fev 2020, 08h01 - Publicado em 1 jun 2019, 08h00
Céline Dion posa em campanha com a L'oreal Paris
 (Sofia Sanchez e Mauro Mongiello/L’Oréal Paris/CLAUDIA)
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Já faz 21 anos que Céline Dion subiu ao palco da cerimônia do Oscar e emocionou o mundo ao interpretar My Heart Will Go On, sua música mais emblemática. Na data, levou o prêmio de melhor canção original. Combinou um elegante longo azul-marinho da grife Michael Kors a uma réplica do clássico colar de coração usado por Rose (Kate Winslet), em Titanic, avaliado em 4 milhões de dólares. Aos 29 anos, a canadense celebrava o auge de sua carreira. O que ela, tão jovem, talvez não imaginasse é que a admiração por seu talento transcenderia gerações.

Hoje, aos 51, prepara-se para lançar um disco em homenagem ao marido, que morreu em 2016, e uma turnê internacional, que começa ainda este ano e já tem mais de 50 shows confirmados. Para isso, despede-se, por enquanto, da casa de shows Colosseum, do resort Caesars Palace, em Las Vegas, nos Estados Unidos, onde se apresentava desde 2003.

Simultaneamente à carreira musical, passou a circular pelo mundo da moda. Frequenta as semanas de desfiles internacionais e em seu Instagram, @celinedion, inspira 3 milhões de seguidores com os looks extravagantes que posta.

Também lançou recentemente uma marca de roupas infantis sem gênero, defendendo a ideia de que cada criança deve ter a liberdade de escolher como se vestir. Assumiu ainda o papel de embaixadora da L’Oréal Paris.

Céline não para. Faz o que chama de pausas estratégicas em nome daquilo que considera mais importante, a família. Escolheu várias vezes afastar-se por até um ano da carreira para cuidar do marido, René Angélil, quando ele lutava contra um câncer de garganta. Desde a morte do companheiro, ela se divide entre os compromissos com os filhos (René-Charles, 18 anos, e os gêmeos Nelson e Eddy, 8) e as atividades profissionais.

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A seguir, ela revela como a perda de Angélil a tornou uma mulher ainda mais forte. Fala também sobre envelhecimento e a lista de projetos que ainda tem para realizar. Aqui vai só um spoiler: hoje ela se considera em sua melhor versão. E nem ousaria voltar no tempo. Para Céline, o melhor está por vir.

CLAUDIA: Como decidiu virar cantora?
Eu cantava em pequenas apresentações na vizinhança. E minha mãe sonhava grande, imaginando como meu futuro deveria ser. Ela queria o meu melhor, até escreveu minha primeira música. Isso sem ter frequentado a escola. Comecei assim e nunca mais parei.

CLAUDIA: Que momento considera decisivo na sua vida profissional?
Cantar My Heart Will Go On no Oscar, em 1998, foi um momento definitivo para mim. Eu já estava apaixonada por música e envolvida com minha carreira, mas tudo realmente disparou depois que aquela música foi lançada.

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CLAUDIA: O que faz você se sentir empoderada?
Olhar para minha vida e carreira. Eu precisei me provar muitas vezes para a indústria. Trabalhei duro para conquistar meu espaço, mas hoje faço isso por mim mesma e com paixão. Nesses anos, adquiri mais confiança.

CLAUDIA: Já quis voltar no tempo?
Eu me sinto tão bem que nem quero pensar nos meus 20 ou 30 anos, quando ainda estava me descobrindo. Nos últimos dois anos tenho desenvolvido mais paixão pela vida. Fico feliz com meu trabalho, minhas amizades e com a maternidade. Tenho liberdade para fazer o que quiser. Nunca me achei tão bonita e forte e penso que o melhor ainda está por vir. É o começo do restante da minha vida.

CLAUDIA: Como foi esse processo de descoberta?
Perder meu marido e vê-lo sofrer foi extremamente difícil. Mas eu sabia que tinha que deixá-lo ir em paz, não podia ser egoísta tentando fazê-lo ficar por mais tempo. Vejo-o agora pelos olhos dos meus filhos, o que me faz mais forte. Isso me ajudou a seguir em frente e a voltar para os palcos. Encontrei novas paixões, como a dança, e fiz amigos.

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CLAUDIA: Qual é o seu segredo para continuar se reinventando aos 51?
Eu sonho muito e dedico meu tempo às minhas duas paixões, meu trabalho e minha família. Minha energia é toda pra eles.

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