Rafa e Pipo Marques estão seguindo a carreira do pai famoso com a banda Oito7Nove4
Foto: ROGERIO PALLATTA
Talento e simpatia definitivamente vêm de família para esses meninos. Filhos de Bell Marques, vocalista do Chiclete com Banana que recentemente anunciou o seu desligamento da banda, Rafa Marques, de 26 anos, e Pipo Marques, de 19 anos, estão fazendo multidões saírem do chão ao som da música deles.
A banda tem pouco mais de dois anos, mas Oito7Nove4 já possui experiência nos principais festivais de axé em todo Brasil. Inclusive, já estrearam no carnaval de Salvador comandando o bloco Banana Coral, que está cotado para receber a cantora internacional Katy Perry em 2014.
Em entrevista exclusiva à Contigo Online!, eles revelaram qual foi o diferencial para obterem tanto sucesso em tão pouco tempo. “A gente se joga e acho que é justamente isso que o público gosta”, revelou Rafa Marques.
A saída de Bell Marques do Chiclete com Banana aumentou a especulação de desavenças no grupo por conta do constante apoio à banda dos filhos. Contudo, em entrevista à Contigo! nesta sexta-feira (13), Bell desmentiu: “Os garotos nasceram em cima de um trio elétrico e meus sócios sempre apoiaram a carreira deles. Wilson, que é engenheiro de som, quando lancei Oito7Nove4, quis fazer a mixagem do primeiro show dos meninos. Wadinho, sempre que via Rafa e Pipo atrás do palco, chamava-os para tocar. Já Rey me ligava para avisar que havia gente querendo contratar a banda dos meninos”.
Depois do surgimento da Oito7Nove4, Rafa contou que a música virou o principal assunto entre eles. “Lá em casa se falava de música por hobbie, hoje em dia é reunião no jantar, é reunião no almoço e minha mãe no meio também. Acabou que envolveu a família toda”, revelou o cantor que ainda disse que Bell e Ana Marques os acompanham em tudo.
O envolvimento de Bell na banda dos filhos surgiu pela falta de estimulo que ele estava sentindo no Chiclete com Banana. “Peguei meu foco inteiro e virei para meus filhos. Então, tudo que eu queria fazer de um lado e não conseguia, eu fazia com a Oito7Nove4. Ia para o estúdio gravar com eles”, revelou à Contigo!.
O nome da banda é uma junção do ano de nascimento de Rafa, 87, com o de Pipo, 94
Foto: ROBERTA BRAGA
Quando vocês decidiram seguir carreira artística?
Pipo: “Desde pequeno convivemos com esse meio, vivendo no backstage, acompanhando shows. Eu acho que foi impossível não ter vontade de seguir. A música é muito apaixonante, lidar com a emoção das pessoas, lidar com a alegria. Começamos a tocar por hobbie, mas ficamos muito envolvidos e vimos uma oportunidade de montar uma banda”.
Como surgiu a ideia de colocar o nome Oito7Nove4?
Rafa: Queríamos uma coisa que significasse união, mas não queria colocar também Rafa e Pipo pra não ficar aquele clichê de dupla sertaneja. Dias antes do lançamento, pensamos em Oito7Nove4 [Rafa nasceu no ano 1987 e Pipo no ano 1994], porque era um número que já rondava lá em casa. Era senha de celular, senha de cofre. Obviamente que já trocamos as combinações (risos).
Rafa e Pipo com os pais, Bell e Ana Marques
Foto: MARCO PINTO
Vocês lembram a primeira vez que ouviram a música de Oito7Nove4 na rádio?
Rafa: “Sim, estávamos voltando de um ensaio fotográfico em um estúdio e estávamos com nossos pais no carro. De repente, começou a tocar a música minha vida. Veio uma mistura de emoções, foi muito bom, mas ao mesmo tempo uma vergonha por ser a primeira vez”.
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Qual conselho vocês dão para quem quer montar uma banda e seguir a carreira musical?
Pipo: “Primeira coisa que tem que fazer é viver a música, respirar a música, pensar nisso 24h, estar com pessoas que falem de música. Talvez, não consiga alcançar o sonho tão rápido, mas não pode desanimar. Se não for assim, nada na vida vai dar certo”.
Vocês ganharam um música escrita por Carlinhos Brown. Como foi receber este presente?
Pipo: “A gente viu Carlinhos Brown desde pequeno com meu pai em casa e crescemos tendo ele como esse ídolo musical. Quando estávamos fazendo o nosso disco, coincidiu dele ligar pro meu pai e falar que tinha uma música que era a cara da nossa família. Até hoje quando a gente toca, minha mãe se emociona”.
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Qual foi o momento mais inesquecível até agora da carreira?
Rafa: “Por incrível que pareça, só tem dois anos, mas tem tanta coisa que eu acho que eu não vou esquecer nunca. Tem o carnaval, o encontro de trios, o primeiro acorde do Banana Coral. Coisas assim de arrepiar realmente. Agradeço todos os dias por ter escolhido essa profissão”.
Rafael e Pipo no trio elétrico durante o carnaval de Salvador 2013
Foto: Tomas Arthuzzi