Giselle curte sua melhor fase
Foto: Renata Xavier
Mexicana de nascimento, mas brasileira de coração, já que está no país desde os 4 anos, Giselle Itié é realmente a pura imagem da explosão na vida artística.
Em breve ela será vista nos cinemas de todo o mundo no filme Os Mercenários, ao lado de ninguém menos que o astro Sylvester Stallone. Enquanto isso, é a divertida protagonista da novela Bela, a Feia, da Record. Uma história de forte apelo popular, cujas versões anteriores já foram assistidas em 22 países.
Não há dúvida de que esta é a melhor fase para a entusiasmada Giselle.
TITITI – Como você vê a Bela? Giselle Itié – Está sendo muito gratificante mostrar esse preconceito com relação à estética. Acho que ela vira nada quando a pessoa tem beleza interior e está sempre sorrindo como a Bela. Ela tem uma autoestima muito grande graças ao carinho e ao amor que a família lhe dá. É uma pessoa inteligente, cursou economia, administração, fala cinco línguas e não vê a beleza exterior como ponto forte para se viver.
E, desculpe, como já era esperado, você ficou esquisitíssima de Bela… Qual foi a sua reação ao se ver pela primeira vez caracterizada?
Ah, eu falei um palavrão (risos)! É muito divertido poder trabalhar essa desconstrução da Giselle e a construção da Bela. E é bom demais interpretar uma pessoa tão boa de coração.
Confessa… Já teve uma fase de patinho feio?
Se você reparar na minha foto de identidade vai confirmar que sim (risos). Também usei aparelho por sete anos.
E como encarou essa época delicada para tantas mulheres?
Bem, mas uma vez reencontrei uma amiga da minha mãe, que comentou: “Giselle, que bacana, como você está diferente!!! Antes você não era assim bonita, agora virou um mulherão!” Falei baixinho para minha mãe: “Detesto essa sua amiga (risos)!”
Como foi a reação das pessoas de seu convívio ao ver você de Bela?
No começo, minha mãe foi assistir a uma gravação e a flagrei me observando com uma cara apavorada. Depois, chamei meu namorado, Kevin Tang, para vir aos estúdios da Record. Ele se deparou comigo e disse, espantadíssimo: “Giselle?” Foi muito engraçado!
E o que sentiu ao ser chamada para esse papel?
Amei! Estava na Globo e quando me convidaram, falei: “Vou agora!” Nunca tive essa oportunidade de trabalhar na TV com uma personagem que não tivesse a beleza como atrativo. No teatro fiz A Babá, com Bibi Ferreira e Juca de Oliveira, que era uma moça mais desengonçada… Feia, no entanto, nunca.
Porque acha que a escolheram? Justamente por causa de sua beleza?
Prefiro que seja pelo meu talento (risos). Só sei que não pensei muito para topar. Fiz exatamente como a Bela: “Ok, eu mereço, vamos!”
O que está achando da Record?
A energia daqui é muito bacana e estou me sentindo bem à vontade para trabalhar. É muito gostoso. Sinto-me em casa. Tudo é harmonioso, tranquilo, e todos ajudam uns aos outros.
Como foi ser escolhida para Os Mercenários, do Stallone?
Ah, genial. Ganhei dois presentes (o filme e a novela), um atrás do outro.
Você já viveu uma protagonista em Começar de Novo (Globo, 2004). Como foi a experiência?
Péssima. Por motivos que não soube lidar no momento… Eu era muito nova (ela tinha 22 anos na época) e vivi pressões extraprofissionais.
Que babado, como assim?
Sabia que vinha essa pergunta… Acho que falei demais! Olha, eu fui muito criticada, acho que deveria ter sido mesmo, mas não tive como fazer diferente, com as coisas que vivenciei nos bastidores. Um dia ainda falo melhor sobre isso. O que posso dizer é que aqui se faz, aqui se paga. Agora estou em Bela, a Feia, filmei com Stallone, e está tudo certo. Não tem nada nem ninguém que possa tirar meu foco. Não há ninguém sugando o meu sangue, muito pelo contrário.
Você gostou da escolha do Bruno Ferrari para seu par romântico?
Gostei. Foi escolha do diretor, mas torci por ele. Chamo o Bruno de Ursinho Pimpão (risos)! Ele não tem cara de ursinho?