Camila Pitanga e Marjorie Estiano serão as protagonistas da novela “Lado a Lado”
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“Amor Eterno Amor” ainda está no meio, mas a produção da próxima trama das 6, com título provisório de “Lado a Lado“, está a todo vapor. Ambientada no início do século 20, será protagonizada pelas atrizes Marjorie Estiano e Camila Pitanga.
Apesar de ser uma novela de época, os autores Cláudia Lage e João Ximenes Braga deixam claro que sua linguagem não será rebuscada. A ideia é simplificar e atualizar. A inovação também será refletida na trilha sonora (ainda sendo selecionada), que deverá ir de hip-hop a Cartola.
“Não é uma novela clássica. É de época. Já sei que vai ter historiador enchendo o saco! Mas estamos dando a nossa visão da época. Não é uma reprodução”, explica João. Com 161 capítulos, divididos em duas fases, o folhetim, com previsão de estreia para 10 de setembro, terá como tema principal o “nascimento” da mulher brasileira contemporânea e sua inserção social.
Falará também do surgimento do futebol no Brasil, da capoeira, do samba e da favela. A vilania ficará a cargo de Patrícia Pillar. Típica dama do século 19, ela não se conforma com o fim da escravidão. Confira mais detalhes em primeiríssima mão!
Amizade Verdadeira
Isabel (Camila Pitanga) e Laura (Marjorie Estiano) serão as verdadeiras revolucionárias. “É uma amizade forte, o par mais firme da novela”, diz João. Nascidas em diferentes situações sociais, Laura foi criada numa gaiola de ouro, já Isabel trabalhou em casa de família desde os 14 anos de idade. Ao se encontrarem, no dia de seus casamentos, reconhecem uma na outra características de mulheres à frente de seu tempo.
Naturalmente vilã
Constança (Patrícia Pillar) nasceu no engenho e se tornou baronesa do café. Conservadora, não se conforma em ter perdido o prestígio com o fim da escravidão. “Contança se ressente de não poder mais ser chamada de baronesa. Isso, para ela, é uma afronta!”, diverte-se Cláudia. Casada com Assunção (Werner Schünemann) e mãe de Laura e Albertinho (Rafael Cardoso), Constança não mede esforços para fazer o que acha ser o melhor para a sua família. “Seu perfil não é de uma psicopata. Constança não acha que está fazendo maldades”, complementa João.
Os autores
Cláudia Lage e João Ximenes se conheceram na Oficina de Autores da Globo, em 2004. Apaixonados pela literatura do início do século 20, eles se juntaram em 2008 para desenvolver uma sinopse.
A ideia para a dupla, que na época eram contratados como colaboradores de autores (João em “Paraíso Tropical“, de 2007, e “Insensato Coração“, de 2011, escritas por Gilberto Braga; e Cláudia, em “Páginas da Vida“, de 2006, e “Viver a Vida“, de 2009, assinadas por Manoel Carlos), era apenas mostrar serviço e barganhar um aumento. “A gente não tinha a menor esperança de que fosse para frente”, lembra Ximenes.