No ano passado, Marion Cotillard foi arrastada para o centro de um furacão: o fim do casamento de Brad Pitt e Angelina Jolie. Corriam rumores de que Cotillard e Pitt, colegas de elenco em Aliados, que estreou neste mês, teriam engatado um romance.
Reservada, a francesa de 41 anos limitou-se a postar uma mensagem no Instagram negando o envolvimento e revelando a gravidez do segundo filho com o diretor francês Guillaume Canet – eles são pais de Marcel, 5 anos.
Quando encontrou CLAUDIA, em Londres, evitou o tema e preferiu falar dos novos trabalhos, feminismo e maternidade. Além de Aliados, em que vive uma espiã que se apaixona por um agente, ela protagoniza Assassin’s Creed, baseado no videogame homônimo.
CLAUDIA: Por que se interessou pelo papel em Assassin’s Creed? É fã de videogames?
Marion Cotillard: Não! Mas já tinha trabalhado com Michael (Fassbender) e Justin (Kurzel, o diretor) e sabia que formávamos um bom time. Além disso, o papel era desafiador: uma cientista cega por seus sentimentos.
Você está lançando dois filmes ao mesmo tempo. É workaholic?
Sou uma preguiçosa escondida atrás de uma workaholic. Mas algumas propostas são irresistíveis – o que ajudou a tornar o último ano bem maluco, é verdade.
Depois que ganhou o Oscar, você passou a atrair mais atenção. Como lida com isso?
Amo meu trabalho e aceito tudo que vem com ele.
Como vê a discussão por igualdade de gênero, que tem ganhado espaço também em Hollywood?
Esse é um dos maiores absurdos da humanidade. Não há razão coerente para vivermos num mundo em que as mulheres são subordinadas.
Acredita que eleger mais mulheres pode mudar isso?
Temos que achar outra forma de conduzir a sociedade. E isso não tem necessariamente a ver com mais mulheres no poder, mas com dar voz ao povo e abandonar esse sistema consumista, em que compramos coisas que vêm do outro lado do mundo, prejudicam o meio ambiente e são feitas por pessoas mal remuneradas.
Como passa esse conceito para seu filho?
Muitos dos nossos valores vêm da experiência. E do exemplo. Tento ser coerente e profunda em vez de só falar de compras ou mal das pessoas.
A maternidade mudou sua visão sobre atuação?
Antes não me importava de carregar um pouco do personagem comigo depois das filmagens. Hoje, com esses papéis dramáticos, respiro e deixo tudo para trás antes de abrir a porta de casa.