MC Gui: “Perdi meu irmão para as drogas, não quero isso pra mim”
O príncipe do funk ostentação fala sobre tragédia familiar, amor, assédio dos fãs, carreira e muito mais
Aos 16 anos, Guilherme Kauê Castanheira Alvex, o MC Gui, já viveu muitas aventuras e um grande drama. Chamado de príncipe do funk paulista, ele tem um CD e DVD de sucesso, O Bonde é Seu, chegou a fazer 60 shows num mês e atualmente está na faixa de 25 a 30 apresentações. Já rodou o país com hits como Sonhar, Segue o Fluxo, Beija ou Não Beija, entre outros. O cantor, que mora em São Paulo com os pais, Rogério e Claudia, e a irmã, Stephany, de 20 anos, batalha para conciliar a carreira e a escola, e compõe até em avião. Aliás, foi assim com Mata Essa Saudade, que será lançada em breve, e que ouvimos em primeira mão. Um arraso!
Mas, nem tudo é alegria na vida do gatinho. Gui ainda se recupera de um grande baque. Em abril do ano passado, seu irmão, Gustavo, de 17 anos, morreu, vítima de insuficiência respiratória aguda, após usar cocaína.
Em uma entrevista exclusiva para TITITI, o astro teen conta como vem enfrentando a falta do maninho, fala sobre amor, de seus planos profissionais e muito mais. Quer saber de tudo? Pega esse bonde e segue o fluxo!
Como foi sua trajetória até conquistar o sucesso?
Não cheguei a passar dificuldades, mas andava de tênis rasgado, ia pra escola de chuteira porque não tinha o que usar. Quando estava com uns 11 anos, eu e meu irmão trabalhávamos de plaqueiros fazendo propaganda de lan house que meus pais tinham e vendendo guia para procurar emprego. A gente era muito bom naquilo (risos).
Logo depois, você começou a cantar funk. Seus pais o apoiaram?
Era uma brincadeira com meu irmão, até que despertou uma coisa dentro de mim… Meu pai levou a gente para um show do Art Popular, acabei subindo no palco e fiz uma participação. Depois disso, muita gente começou a me ajudar. Mr. Catra, Nego Blue e outros que faziam sucesso. No começo, era eu e o Gustavo na dupla Os Menorzinhos.
Por ser menor de idade você tem alguma dificuldade para se apresentar?
Não, eu tenho carteirinha da Ordem dos Músicos do Brasil e sou emancipado. Está tudo certo! (risos)
Como concilia a escola e a carreira?
É fácil pra mim, tranquilo. Se preciso faltar à aula, faço reforço em casa.
Pretende fazer faculdade?
Hoje eu não penso nisso. No tempo em que faria faculdade, estarei trabalhando.
O que mudou na sua vida depois do funk?
Antes eu andava tranquilo por aí, era um garoto normal, mas hoje não consigo nem pisar na rua.
Você gosta mesmo de ostentar?
É vida… Gosto de exibir joias, carros, casa, as roupas da minha marca, a Gui Star. E acima de tudo isso, de ostentar esperança.
A fama o incomoda?
Não tem lado ruim. Acabou não tendo muita privacidade, mas curto isso em casa. É difícil, mas a gente tenta.
Tem alguma história engraçada para contar sobre assédio dos fãs?
Nossa! Tudo o que você pensar acontece comigo e com minhas fãs. Elas se jogam na van, fazem tatuagem com meu nome, dormem na porta do hotel.
Você é pegador ou romântico? Está namorando alguém?
Não, estou solteiro. Tento ser romântico e fico com uma garota pelo que ela é e não pelo que tem. Mas se a pessoa for arrogante, mando pra casa do chapéu.
Verdade que namorou a Rafaela, irmã do Neymar?
Nada, nadinha. Rafaela e eu temos apenas amizade.
Perdoaria uma traição?
Quem aceita ser corno? (risos). Mas eu não descobrindo está tranquilo, chifre trocado não dói.
E você trairia?
Depende da situação (risos). Se rolar traição é porque você não gosta da pessoa.
Posso dizer que agora você está rico?
(Desconversa) Ah, rico de saúde… (risos).
Conseguiu tudo o que sempre sonhou?
Conquistei diversas coisas e o que vier a mais está bom de bom tamanho.
Você se sente realizado profissionalmente?
Com certeza, mas penso em fazer carreira internacional e trabalho para isso.
Tem medo de alguma coisa?
Não tenho medo de nada, nem de ter medo.
Algum plano especial para esse ano?
Esse ano sai um EP e, no ano que vem, lanço um disco e um show ao ar livre e gratuito, para todos os meus fãs poderem ir.
*Com colaboração de Karinna Cerullo