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Meghan e Harry afirmam que Commonwealth precisa corrigir seu passado

Em conversa com jovens da comunidade, o casal falou do histórico de racismo da organização e de como é necessário deixar de ignorá-lo

Por Da Redação
Atualizado em 6 jul 2020, 16h19 - Publicado em 6 jul 2020, 16h14
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  • Para o príncipe Harry e Meghan Markle, a “desconfortável” história da Commowealth precisa ser abordada para que o progresso realmente seja feito. A fala foi dita durante uma recente videoconferência do casal, que é presidente e vice-presidente da organização juvenil Queen’s Commonwealth Trust (QCT), com jovens ativistas do movimento Black Lives Matter.

    Na conversa, o Duque e a Duquesa de Sussex abordaram as injustiças históricas da Commowealth, incluindo o tráfico transatlântico de escravos. “Quando se olha para a Commowealth, não existe como avançar sem reconhecer seu passado”, disse Harry. “Muitas pessoas fizeram um incrível trabalho neste reconhecimento do passado tentando consertar erros, mas acho que todos percebem que ainda existe muito a ser feito. Não será fácil e em alguns casos não será confortável, mas precisa ser feito porque beneficiará a todos.”

    Meghan, que muito já sentiu o peso do preconceito e do racismo, acrescentou que este desconforto é necessário na jornada para “se chegar ao outro lado”. “Igualdade não deixa ninguém em desvantagem, ela nos coloca na mesma posição – o que é um direito humano fundamental.”

    Com origens que remontam do colonialismo britânico, a Commowealth é uma das “jóias da coroa” britânica. Hoje composta voluntariamente por 54 países, ela é motivo de orgulho da Rainha Elizabeth, que a descreve como uma “comunidade muito especial” e uma “família mundial”. Foi, inclusive, durante o Commonwealth Day, em que ela discursou sobre a inspiradora diversidade de seu povo, que Harry e Meghan fizeram sua última aparição como membros ativos da Família Real.

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    “A existência do racismo institucional se dá porque algumas pessoas, em alguns lugares, ainda se beneficiam dele”, continuou Harry, que, em 2006, enquanto estava em treinamento do exército, foi filmado usando uma ofensa racial para se referir a um colega. “Não podemos negar ou ignorar o fato que todos fomos criados e educados para ver o mundo de modo diferente. Porém, uma vez que você percebe que existe o preconceito, você precisa reconhecê-lo. E então você precisa trabalhar para se tornar mais consciente… assim você pode ajudar a protestar contra algo que é tão errado e que não deveria ser aceito em nossa atual sociedade.”

    Criada como uma plataforma para os jovens da Commonwealth, a QCT tem em seu site um disclaimer que avisa que as opiniões ali expressadas “não representam os pontos de vista da Família Real ou da Casa Real”. Ainda assim, na luz das recentes manifestações do Black Lives Matter, a organização achou importante participar das discussões.

    “Iniciamos uma conversa na QCT sobre como o passado da Commonwealth – de colonialismo, subjugação dos povos e do legado contínuo de injustiça história – pode e deve moldar a identidade da organização e desenvolver sua oferta e trabalhos futuros”, disse Nicola Brentnall, CEO da QCT ao Telegraph.

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