Na última quinta-feira (25), a atriz Monica Iozzi usou a sua página no Facebook para fazer um desabafo sobre o momento político do Brasil após saber que um amigo homossexual havia sido espancado. Segundo ela, o homem que o agrediu é apoiador do candidato à presidência Jair Bolsonaro, do PSL.
“Esse meu amigo está internado. Ele sofreu fraturas, vai ter que passar por cirurgia. Deve ficar bastante tempo no hospital. Ele ficou realmente muito machucado. A gente tem visto que essa onda de violência está assustadora, mas quando chega tão perto de você, que estoura no pessoal mesmo, é um baque, né?”, contou.
Monica também lembrou um dado importante, mas dolorido sobre a comunidade LGBT: de acordo com o relatório do Grupo Gay da Bahia, em 2017, o Brasil teve 445 mortes de homossexuais registradas, o que o caracteriza como o país com o maior índice de assassinatos desse grupo.
“O Brasil é o país que mais mata LGBTs do mundo. A gente está vendo essa onda de violência nesses últimos dias e de pessoas que dizem claramente que estão fazendo aquilo porque apoiam a postura desse candidato. Isso não é ‘fake news’. Muita coisa não é. Basta pesquisar”, rebateu a atriz sobre o discurso de que as informações a respeito de Bolsonaro são sempre falsas e/ou manipuladas.
Para enfatizar o seu posicionamento e dar credibilidade ao que estava falando, Monica lembrou dos anos em que trabalhou no meio jornalístico, o que a levou a entrevistar o candidato do PSL diversas vezes.
“Trabalhei como repórter durante quatro anos e meio, estava todas as semanas no Congresso Nacional. Fui uma das pessoas que mais entrevistou Jair Bolsonaro. Eu acompanho ele há muitos anos e muitos dos absurdos que ele disse, ele disse para mim. Eu estava ali. Não é um vídeo editado”, explicou.
Em seguida, a atriz contou um caso em particular que viveu com o candidato à presidência. “Uma vez, em uma matéria do CQC, ele disse que achava que o SUS não deveria pagar o tratamento para pacientes que são soro positivos, que tem o vírus HIV, a Aids. Porque as pessoas que são contaminadas por ela, segundo Jair Bolsonaro, tiveram uma vida promíscua. Porque escolheram ter o vírus ao se comportarem daquela maneira e o governo não deveria arcar com isso. Ninguém me disse. Eu entrevistei. Eu estava lá!”, declarou.