“Se a Record precisa de um galã, eu estou aqui”, diz Guilherme Berenguer
Guilherme Berenguer saiu da TV Globo para ser estrela do horário nobre da Record. E já se prepara para ser pai
“Fico pensando no meu personagem, o Francisco, o dia inteiro”, conta Guilherme
Foto: Michel Angelo – Rede Record
O ator Guilherme Berenguer está mais do que enturmado em sua nova emissora: a Rede Record. Tanto é que ele admite que não sentiu a transição ao deixar a Globo para assinar contrato de longa duração com a emissora de Edir Macedo. Aos 30 anos, ele está satisfeito com a escolha profissional. “Foi uma mudança imperceptível. Fiquei muito animado em trabalhar com Alexandre Avancini (diretor-geral de Vidas em Jogo). Eu me sinto muito à vontade aqui. A empresa me deu todos os recursos para fazer um trabalho de qualidade”, afirma o jovem.
Se na Globo Guilherme não tinha muitas oportunidades, na nova casa, ele tem status de estrela. O pernambucano foi escalado para dar vida ao protagonista Francisco na trama de Cristiane Fridmann. E comemora o posto. “Se a Record precisa de um galã? Eu estou aqui. Estou aqui para trabalhar no que a emissora precisar, inclusive, como galã”, diz o ator, que, na vida pessoal, faz planos para ser pai em breve.
Casado há dois anos com a psicóloga Bianca Cardoso, o jovem pretende encomendar um herdeiro assim que Vidas em Jogo terminar. “A paternidade está nos planos para o ano que vem, depois da novela. Acho que você vai se preparando para se tornar pai e mãe”, avalia o ator.
As primeiras gravações de Vidas em Jogo foram no Maranhão. Como foi essa viagem ao Nordeste?
O povo maranhense é muito bem-educado. Fui superbem recebido pelas pessoas. Fomos acolhidos pelo povo. Eu vivenciei a composição do Francisco durante essas gravações. Pude ver como algumas pessoas vivem em casebres, vivem sem água. Eles andam para pegar comida. É outra realidade. Sempre via um menino andando de madrugada na estrada. Andava duas horas para chegar à escola. Esse mergulho no universo do Francisco foi muito precioso para mim.
E o sotaque do personagem?
Eu nasci em Recife, Pernambuco. O sotaque tem todo o recheio do nordestino. Sou pernambucano e tenho que defender os nordestinos.
Francisco ganhou uma bolada na loteria e ficou milionário. Você acredita que o dinheiro muda as pessoas?
Acho que é um conjunto de coisas e de aprendizagem que irá influenciar. A gente aprende na escola que tem que ter disciplina com horário. Dentro das responsabilidades, você tem o recreio, o momento de se divertir, mas, logo, você volta às obrigações. Eu estava pensando nessa questão da disciplina: por que você passa mais tempo estudando e/ou trabalhando do que de férias? Porque o ser humano tem essa questão da produtividade. Isso está ligado aos valores da vida, à sua educação ao longo da vida. Quando uma pessoa ganha um dinheiro muito grande e não teve acesso a esses valores, você não sabe como ela irá reagir.
Você está casado com a Bianca há dois anos… Vocês planejam um bebê em breve?
Está nos nossos planos para o ano que vem. Quem sabe depois da novela?! Você vai se preparando para ser pai e mãe. Começa a raciocinar que tipo de mundo é esse que nós estamos vivendo. Você fica chocado com as notícias e como o ser humano se comporta. Penso muito como o meu filho viverá nesse mundo, como ele se comportará. Temos que pensar bem antes de colocar um filho no mundo. Devemos entender o significado da palavra responsabilidade.
Qual a lição mais valiosa que você pretende passar aos seus futuros filhos?
A importância do caráter. Acho que você passa por vários momentos em sua vida em que o seu caráter é testado. Você tem que dizer sim ou não. E sustentar as suas atitudes no dia a dia.
O ator conta com a ajuda de Julianne para as cenas de dança da novela Vidas em Jogo
Foto: Divulgação – Rede Record
O Francisco é um personagem que tem uma ligação muito forte com a música e a dança. Como se preparou?
Tenho um grande benefício, que é a facilidade musical. Absorvo bem a coreografia. Isso ajuda muito na hora de gravar porque flui bastante. Eu também tenho uma grande parceira que é a Julianne (Trevisol), que tem uma formação de dança. E temos um coreógrafo, o Caio Nunes. Fiz algumas aulas com um professor que é amigo da Ju, que me ensinou alguns passos de samba, de gafieira… Foi tudo rápido. A dança, a música, a arte mexem com as nossas emoções. Mas tenho que ser mais ator do que dançarino.
Tem planos de ser apresentador na Record?
Tenho interesse, sim. Já conversei a respeito com a emissora durante a minha negociação. Mas ainda é muito cedo. O Globo Ecologia me colocou um pouco nessa posição e sempre gostei de lidar com o público.
E qual seria o tipo de programa?
É algo para o futuro, não é nada para agora, não. Gosto muito da ideia de mistura de entretenimento com inteligência. Quem sabe algo voltado para a galera jovem…
A vida fica diferente quando se faz uma novela?
Tudo modifica. Primeiro, você passa a viver a vida do personagem. Fico pensando no Francisco o dia inteiro. É um ritmo muito intenso. Você chora e se alegra pelos motivos do personagem.
Como foi a mudança da Globo para a Record?
A minha chegada à Record foi muito positiva. Fui muito bem recebido. Cheguei e eles falaram: “Esta é a sua casa!” Então, foi uma mudança imperceptível. Fiquei muito animado em trabalhar com Alexandre Avancini. Eu me sinto bem à vontade. A empresa me deu todos os recursos para fazer um trabalho de qualidade.
E você chegou num momento em que a emissora aposta em novos galãs…
Pra mim, é ótimo. Mas não me sinto o salvador da pátria. Estou aqui para trabalhar. Se a Record precisa de um galã? Estou aqui para isso. Estou para trabalhar no que a emissora precisar, inclusive, como galã.
Na trama, o Francisco tem uma banda. Você se arriscaria lançando um CD com as músicas do personagem?
Vai que dá certo! Não sou músico nem cantor, mas vai que o povo goste da música… Não vou ser do contra. Vou querer compartilhar isso com o público, sim. As músicas são maravilhosas. Não é o meu objetivo lançar um CD, não tenho essa pretensão de ser músico, mas gosto muito de música.