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Sheryl Sandberg: “Aprendi a força que tenho quando não há escolha”

A chefe de operações do Facebook conta a CLAUDIA como mergulhou na dor do luto e renasceu em uma lição de coragem

Por Da Redação
Atualizado em 7 jul 2017, 19h18 - Publicado em 7 jul 2017, 19h15
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  •  (John Lee/CLAUDIA)

    Rica, poderosa, bem-sucedida na carreira e na vida pessoal, Sheryl Sandberg, o braço direito de Mark Zuckerberg no Facebook, viu seu mundo virar de cabeça para baixo com a morte do marido, há dois anos. Mergulhou fundo na dor do luto para voltar à tona com uma nova história e uma lição de esperança e coragem.

    Era maio de 2015 quando o empresário Dave Goldberg sofreu um infarto fulminante na academia de um resort mexicano. E o restante da vida dela, de repente, saiu do prumo. Sem o marido, ele também um executivo superbem-sucedido do Vale do Silício, parceiro querido e pai de seus dois filhos, Sandberg, então com 45 anos, habituada a resolver qualquer coisa, viu-se pela primeira vez diante de algo que não podia consertar. “Fazer acontecer?”, perguntou-se. “Eu mal conseguia ficar em pé.”

    Dois anos depois de sua “queda no vazio”, como descreve o episódio, e de aprender que teria que mergulhar na própria dor até bater o pé no fundo e tomar impulso para cima para respirar novamente, voltou à superfície com o livro Plano B (Editora Fontanar, 39,90 reais), no topo da lista dos mais vendidos nos Estados Unidos e recém-lançado no Brasil. Um relato comovente e corajoso.

    Leia parte da entrevista exclusiva de Sheryl Sandberg a CLAUDIA.

    O que aprendeu sobre resiliência?
    Aprendi que tenho mais do que supunha. Há uma citação no livro que adoro: “Somos mais vulneráveis do que pensamos, mas mais fortes do que imaginamos”. Aprendi quanta força meus filhos têm. Aprendi quanta força eu posso ter quando não tenho outra escolha. Aprendi a ser mais grata – eu não gostava de festejar meu aniversário e fazia piadas sobre ele. Só comemorava de cinco em cinco anos! Nunca mais fiz ou farei piadas sobre um aniversário de novo.

    Fica mais fácil suportar a dor quando se tem alguma fé religiosa?
    Ajuda muito. E acho que essas experiências desafiam a fé. Meu cunhado me diz que ele e Deus estão de relações cortadas. Muitas pessoas têm sua religiosidade abalada, mas é importante e poderoso acreditar em algo maior do que si mesmo, acreditar estar conectado a coisas maiores.

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    Você se sente conectada espiritualmente ao seu marido? Acredita em vida após a morte?
    Acredito que o amo mesmo na perda. Eu costumava achar que o amor só podia acontecer quando alguém está vivo. Agora sei quanto se pode amar alguém depois da morte.

    O que é mais desafiador: sobreviver à fase aguda do luto ou levar uma vida feliz e normal após algum tempo?
    Certamente o luto profundo dos primeiros dias, porque não acho que levo a mesma vida normal de antes. Sou diferente, fui totalmente modificada. E, muitas vezes, isso é bem difícil. Fica mais difícil em algumas ocasiões, como no Dia dos Pais… O aniversário da minha filha está chegando. Ela vai completar 10 anos e me disse: “Não posso acreditar que o papai não viveu até eu ter 10 anos”. Na verdade, ele não viveu até ela fazer 8, e esses momentos são de profunda tristeza. Mas eu também acho que tenho hoje uma vida com muito mais significado. Acabo de mandar um e-mail para a amiga de uma amiga cujo marido cometeu suicídio há duas semanas. Eu falei que, embora ela ainda não saiba, a dor vai diminuir. Ela me escreveu de volta dizendo que não está feliz e que não acredita que terá alegria algum dia. Mas que, desde já, sente que sua vida tem mais significado. E é grata por coisas que não era antes. Isso não quer dizer que a gente queira buscar essa via de crescimento. Eu trocaria qualquer medida do meu crescimento para ter o Dave de volta. Mas eu simplesmente não vou ter o Dave de volta. Então fico com o crescimento.

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